domingo, 22 de fevereiro de 2009

A Velhice. É uma chatice!

O que vale é que Valter Lemos e José Pacheco são almas sempre jovens.

Professores mais velhos resistem às novas regras da avaliação
Os professores com mais anos de carreira têm menos disponibilidade e podem não estar mentalmente preparados para responder às exigências que a escola pública hoje lhes coloca, defende um especialista em ciências da educação.

“Foram introduzidas novas regras na avaliação docente, novas exigências e uma nova diversidade no trabalho docente. Hoje é muito mais fácil os professores jovens aderirem a estas exigências do que aqueles que tiveram de fazer a transição entre um sistema e o outro”, afirmou à Lusa o director do Centro de Investigação em Educação da Universidade do Minho.

Segundo José Pacheco, os professores com mais anos de carreira “nem sempre estão mentalmente preparados” para responder às novas exigências do sistema de ensino, como o trabalho burocrático e o tempo extra lectivo passado na escola, pelo que há um certo “desencanto” em relação à profissão.
(…)
O secretário de Estado da Educação reconhece que o corpo docente “está bastante envelhecido” e que em 2005 mais de metade dos professores estavam nos últimos três escalões. Mas garante que tem havido renovação. “Este ano daremos um grande impulso a essa renovação, com um concurso válido para quatro anos para recrutar novos docentes”, afirmou Valter Lemos.

Talvez agora se percebam aqueles ímpetos por parte do ME que em várias alturas fez os possíveis por empurrar os docentes mais experientes para fora do ensino. É por estamos todos «envelhecidos» e não estamos «mentalmente preparados».

Eu, por exemplo, aos 43 anos, sou um caso perdido de envelhecimento e impreparação mental para os disparates do guru-mor dos afectos, que de tanto querer impor a tolerância demonstra até que ponto é intolerante, e para secretários de estado que têm uma certa e determinada sobranceria sempre que falam dos professores sendo que o seu trajecto pessoal e profissional isso não recomendaria, muito menos a sucessão de atropelos jurídicos e equívocos na apresentação dos factos.

Mas há sempre solução: fazem-se contratos com os professores apenas para 20 anos de carreira. Aí por volta dos 45 (idade média que se atingiria o antigo 8º escalão, o primeiro dos três escalões fatídicos) mandam-se embora e contrata-se nova fornada.

Dos mais velhos, para condução do rebanho, deixam-se ficar só os pachecos.

Posted by Paulo Guinote