domingo, 26 de julho de 2009

Olá a todos!


Este blog vai de férias, voltará em Setembro. A todos os visitantes e amigos umas boas e descansadas férias.


Até Setembro! Um abraço!


Safira

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Ministra mentirosa!


Maria de Lurdes Rodrigues deve ter um calendário no seu gabinete onde vai riscando com fervor os dias que faltam para sair do cargo e ser recompensada pelos serviços prestados ao seu adorado engenheiro.
Enquanto não vai e não vê o nome no Guiness da 5 de Outubro, faz os possíveis por deixar rasto na forma de declarações que deturpam completamente os factos como na sua visita – já mais bem dispostinha – à Comissão de Educação do Parlamento:


Avaliação de desempenho docente garante ao país que não há progressões automáticas
(…)Durante uma audição na Comissão de Educação e Ciência da Assembleia da República, Maria de Lurdes Rodrigues defendeu que “o pior que poderia ter acontecido” era a suspensão da avaliação de desempenho, sublinhando que o Governo “deu a garantia ao país de que não há progressões automáticas”.
“Este processo, apesar de difícil, conflituoso e turbulento, chegou a resultados positivos. A avaliação é hoje um facto incontornável nas escolas, a progressão deixou de ser automática e há uma diferenciação dos professores. Nada disto existia”, afirmou a ministra.


Isto é objectivamente mentira.


Não existiam progressões automáticas. Aliás, talvez agora seja mais correcto dizer que existem progressões automáticas, pois basta fazer a fichinha do Ministério, ter dados as aulitas e apresentar acções de formação desde o ano de 1876 e lá se tem o Bom para progredir. Antes pelo menos as acções de formação eram as do período em avaliação e o relatório crítico era bem mais exigente que a fichinha de autoavaliação, da qual em algumas escolas só se preenchem uns oito parâmetros com banalidades.
É que não se vê a hora da senhora se ir embora e calar-se. Ao menos que falasse verdade…

Posted by Paulo Guinote


quinta-feira, 23 de julho de 2009

AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES (1998 - 2009)

Se as intenções de implementar um modelo efectivamente meritocrático do desempenho docentes são duvidosas – continua a ser mais credível que o modelo apenas pretendia legitimar a divisão da carreira com estrangulamento na progressão por razões orçamentais -, então a concretização desse modelo através dos simplex arrasa qualquer pretensão nesse sentido.
Aquilo que se exige a um professor para ter Bom é menos, muito menos, do que aquilo que se pedia a um professor há cinco anos atrás para ter Suficiente. Prová-lo é simples e basta recorrermos à comparação entre os parâmetros que faziam parte do anterior relatório crítico e os que agora fazem da fichinha de auto-avaliação:
Vejamos o que estava em causa na avaliação feita com base no decreto regulamentar 11/98 de 15 de Maio:
Quadro de referência para a elaboração do documento de reflexão críticaActividade do docente
1 – Conteúdo:
1.1 – Serviço distribuído (componente lectiva e componente não lectiva);
1.2 – Cargos desempenhados, considerando:
1.2.1 – Administração e gestão;
1.2.2 – Orientação educativa;
1.2.3 – Supervisão pedagógica;
1.2.4 – Outros.
2 – Desenvolvimento do processo ensino/aprendizagem:
2.1 – Planificação do processo ensino/aprendizagem,considerando:
2.1.1 – Selecção de modelos e métodos pedagógicos,
2.1.2 – Cumprimento dos núcleos essenciais dos conteúdos programáticos;
2.1.3 – Cooperação com os professores da escola/turma/grupo disciplinar;
2.1.4 – Outros aspectos relevantes;
2.2 – Concepção, selecção e utilização de instrumentos pedagógicos auxiliares do processo ensino/aprendizagem, considerando:
2.2.1 – Manuais escolares;
2 2.2 – Outros;
2.3 – Processo de avaliação dos alunos, considerando:
2.3.1 – Critérios de avaliação e definição de conteúdos nucleares da aprendizagem para a progressão dos alunos;
2.3.2 – Aferição dos critérios para uma coerência pedagógica da aprendizagem;
2.3.3 – Práticas inovadoras no processo de avaliação dos alunos;
2.3.4 – Outros aspectos relevantes;
2.4 – Participação, em actividades de apoio pedagógico e de diversificação curricular;2.5 – Participação na organização de actividades de complemento curricular.
3 – Análise crítica do processo de acompanhamento dos alunos, considerando:
3.1 – Informação e orientação dos alunos (vocacional e profissional);
3.2 – Detecção de dificuldades na aprendizagem e desenvolvimento de estratégias para a sua superação;
3.3 – Gestão de conflitos comportamentais e de índole disciplinar na sala de aula e na escola e desenvolvimento de estratégias para a sua superação;
3.4 – Relacionamento com os encarregados de educação;
3.5 – Outros.
4 – Participação em actividades desenvolvidas na escola, considerando:
4.1 – Projecto educativo;
4.2 – Área-escola;
4.3 – Formação;
4.4 – Projectos culturais, artísticos e desportivos, considerando:
4.4.1 – Participação em projectos culturais locais e de defesa do património;
4.4.2 – Organização e participação em visitas de estudo;
4.5 – Outros aspectos relevantes.
5 – Participação na articulação da intervenção da comunidade educativa na vida da escola.
6 – Promoção e participação em actividades intergeracionais.
7 – Participação em actividades no domínio do combate à exclusão.
8 – Participação em actividades no domínio da promoção da interculturalidade.
9 – Participação em actividades de solidariedade social.
10 – Formação:
10.1 – Plano individual de formação, considerando:
10.1.1 – Identificação das necessidades de formação, designadamente nos planos científico-pedagógico e profissional;
10.1.2 – Articulação do plano individual de formação com o plano de formação da escola/associação de escolas;
10.1.3 – Participação em equipas de formação para a inovação e a qualidade;
10.2 – Formação contínua, considerando:
10.2.1 – A articulação das acções de formação realizadas com o plano individual de formação;
10.2.2 – Actividades de aperfeiçoamento profissional e académico, nomeadamente participação em seminários, conferências, colóquios e jornadas pedagógicas;
10.2.3 – Outras actividades relevantes;
10.3 – Formações acrescidas, considerando:
10.3.1 – Graus académicos;
10.3.2 – Outros diplomas.
11 – Assiduidade do docente.
12 – Actividades de substituição.
13 – Outras actividades relevantes no currículo do docente.
14 – Estudos e trabalhos realizados e publicados.
15 – Louvores.
16 – Sanções disciplinares.

Vejamos agora o que é pedido de acordo com o decreto-regulamentar 1-A/2009, quanto ao preenchimento da ficha-de auto-avaliação, seguindo o modelo proposto pelo Ministério:
Como avalia o cumprimento do serviço lectivo e dos seus objectivos individuais estabelecidos neste âmbito?
Como avalia o seu trabalho no âmbito da preparação e organização das actividades lectivas? Identifique sumariamente os recursos e instrumentos utilizados e os respectivos objectivos.
Como avalia a concretização das actividades lectivas e o cumprimento dos objectivos de aprendizagem dos seus alunos? Identifique as principais dificuldades e as estratégias que usou para as superar.
Como avalia a relação pedagógica que estabeleceu com os seus alunos e o conhecimento que tem de cada um deles?
Como avalia o apoio que prestou à aprendizagem dos seus alunos?
Como avalia o trabalho que realizou no âmbito da avaliação das aprendizagens dos alunos? Identifique sumariamente os instrumentos que utilizou para essa avaliação e os respectivos objectivos.
Como avalia o seu contributo para a vida da escola e em particular a sua participação nos projectos e actividades previstos ao nível da escola/agrupamento e da turma (designadamente, no 1.º ciclo, na supervisão das actividades de enriquecimento curricular)?
Identifique as actividades que dinamizou e/ou em que participou.
Como avalia a sua participação nas estruturas de orientação educativa e nos órgãos de gestão e o contributo que deu para o seu funcionamento?
Como avalia o estado de actualização dos seus conhecimentos científicos e pedagógicos e a sua capacidade de utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação?
Refira as acções de formação contínua realizadas e a classificação nelas obtida e avalie o contributo de cada uma delas para o seu desempenho profissional
Identifique sumariamente as suas necessidades de formação e de desenvolvimento profissional
Como avalia a relação que estabeleceu com a comunidade e o cumprimento dos seus objectivos individuais definidos neste âmbito?

Podem acusar o modelo anterior de muitos males e diversas lacunas, mas então para sermos honestos temos de admitir que o simplex2 é ainda menos exigente e muito mais lacunar quanto ao que exige a um docente para obter a classificação indispensável para progredir na carreira.

Posted by Paulo Guinote

A REALIDADE DA ESCOLA QUE MUITOS DESCONHECEM

A Maria João resolveu dar a sua opinião e enviar um e-mail, com sugestão de publicação do seu texto, que se transcreve depois deste breve intróito.A entrada a que a colega se refere tem o título A REALIDADE DA ESCOLA QUE MUITOS DESCONHECEM e esteve na origem da notícia do Público, onde a esmagadora maioria dos mais de 400 comentários - embora alguns sejam lixo - vai de encontro à opinião aqui manifestada.
Finalmente, há que relembrar, especialmente aos críticos da publicação, que este blogue é público apenas "relativamente", pois ninguém é obrigado a consultá-lo; para a ele aceder é necessário querer e utilizar uma espécie de "chave" própria, que é o endereço http://mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/.
Sou professora e louvo o MUP por ter mostrado no Blogue esta pauta, que, aliás, é pública.Isto que vemos é o resultado catastrófico das orientações Socráticas juntamente com as da sua acérrima seguidora, Maria de Lurdes Rodrigues, que são as do FACILITISMO.Mas também as de um governo que criou as NOVAS OPORTUNIDADES, programa que distribui milhares de DIPLOMAS A QUEM NÃO POSSUI HABILITAÇÕES (muitos já receberam o do 12º e nem escrever sabem)… O que é que se espera?Para os candidatos a esta balela, é fácil conjecturarem que se 9º foi tão rápido, porque não fazer num instante o 12º também? E ei-los diplomados.Não tenho qualquer dúvida que uma empresa que pretenda um funcionário com habilitações literárias não contratará uma pessoa com um diploma de 12º ano feito nas NOVAS OPORTUNIDADES. É impensável se comparar com outro candidato do ensino regular e com uma área curricular pluridisciplinar feita ao longo de 12 anos e, como é óbvio, possuindo HABILITAÇÕES LITERÁRIAS.Mas ainda há quem viva de ilusões e seja fácil de manipular… E os políticos sabem isso… Talvez pensem ganhar votos fáceis para o P.S. Mas quando estes (diplomados do papel) virem o logro em que caíram e como foram manipulados, se forem inteligentes não lhes darão o voto…O ensino no nosso país resume-se a 4 palavras:FACILITISMO – SEGUIDISMO - OPORTUNISMO – ESTATÍSTICASOra a pauta que Ilídio Trindade aqui publicou não é caso único. E fez muitíssimo bem em publicá-la. É óbvio que este aluno não deveria ter transitado de ano. E não me venham com “coitadinho”… que não vem ao caso. Os problemas pessoais não se resolvem passando o aluno, bem pelo contrário. Quem é mais sensível que os professores aos problemas pessoais dos alunos? Mas não podemos misturar as águas. A solução não pode ser esta, aprovar um aluno com 9 negativas. As leis que o permitem têm de mudar, pois é vergonhoso que isto aconteça.Esta pauta é o reflexo da política de uma ministra da Educação e de dois secretários de Estado que, além de professarem um ódio visceral aos professores, só têm uma preocupação: NÚMEROS E ESTATÍSTICAS DO SUCESSO.Claro que perguntamos: Mas qual sucesso? Com números que escondem a realidade?Aqueles que vêm aqui criticar, se querem culpar alguém por um aluno passar com 9 negativas, culpem-nos a eles. Foi o afã legislativo da Ministra Maria de Lurdes Rodrigues que levou a que situações destas pudessem acontecer.O que lhe interessa é que os alunos passem, querem lá eles saber se eles sabem ou não. Vão à televisão gabar os resultados fantásticos das tais ESTATÍSTICAS e do FALSO SUCESSO e proclamar, muito orgulhosos, com muita emoção na voz e um sorriso de orelha a orelha que o sucesso aumentou… e que este governo é o maior!Blá…blá…blá… Repetem aquilo dezenas de vezes e os crédulos lá vai engolindo tudo…Nem falo da patetice do Magalhães, que dispensa comentários. “ Mais cego que o que não vê é o que não quer ver”.Não venham aqui apontar o dedo aos professores. Eles cumprem leis, não as fazem! Por isso se acham esta pauta um escândalo, pensem que os professores deste Conselho de Turma obedeceram a orientações superiores, nas escolas há uma hierarquia. Ou também desconhecem isto?Para concluir, só quero acrescentar que, a meu ver, as pessoas que vêm aqui acusar Ilídio Trindade por ter publicado esta pauta, só o fazem por duas razões: ou são oportunistas das NOVAS OPORTUNIDADES… ou, então, são seguidores das políticas facilitistas SOCRÁTICAS, afectas ao GOVERNO P.S.E mais não digo… Dentro em pouco estou certa de que qualquer pessoa de bom senso acabará com este pesadelo.Os 120 mil professores deste país, acompanhados das suas famílias, pelo menos, lá estarão.
Publicada por ILÍDIO TRINDADE

terça-feira, 21 de julho de 2009

A maldição da educação chamada, Maria de Lurdes Rodrigues...

A maldição da Educação, chamada Maria de Lurdes Rodrigues, vai manter-se até ao fim: dividir, hostilizar, conflituar, degradar...
Secundária de Odivelas Primeira escola a concluir avaliação vai penalizar docentes que não entregaram objectivos individuais 16.07.2009 - 15h06 Andreia Sanches A Escola Secundária de Odivelas terá sido a primeira escola do país a concluir o processo de avaliação de desempenho dos professores. E a primeira a tomar uma decisão sobre o que fazer com os professores que não entregaram os objectivos individuais: não avaliá-los. (...) Ler a notícia completa no Público online

Até ao dia 27 de Setembro, os professores e os portugueses em geral estão condenados a ter que suportar Maria de Lurdes Rodrigues, de longe a figura política mais antipática e mais aborrecida (no duplo sentido de entediante e taciturna) da democracia portuguesa.
Com ela, devidamente acolitada pela mais funesta dupla de secretários de Estado de que há memória, o ministério da Educação baixou o nível científico e pedagógico do seu discurso (assemelhando-se mais a um cemitério de conceitos frios, secos e mirrados) e degradou, tanto do ponto de vista técnico, como político e moral, a qualidade da sua intervenção. Numa palavra, perdeu o respeito daqueles que deveriam constituir o centro da sua actuação e a quem tinha a obrigação de estimular e envolver nas suas pretensas reformas (que nunca o foram na prática), ou seja, dos professores e dos alunos. Na obsessão das estatísticas favoráveis a todo o transe e do impulso em propagandear medidas (mesmo que disfuncionais ou contraproducentes no terreno) para projectar o ego e a vocação de emplastro do primeiro-ministro, MLR e Sócrates deitaram tudo a perder. Basta ter presente a forma como estes dois personagens fogem a sete pés de tudo que se assemelhe a presença de professores e de alunos. Vivem encurralados nos seus próprios equívocos e na sua incomensurável inépcia política e técnica. Por seu lado, as aparições públicas de MLR na comunicação social (com a televisão pública sempre solícita a dar-lhe o palco que nega a outros) já irritam e enojam os professores, tal o nível de demagogia, de desinformação, de desfasamento com a realidade e de desonestidade que caracteriza o seu discurso.
Esta criatura não tem emenda, não muda nada na rigidez de ideias que se lhe cristalizaram e entumeceram no cérebro, o que, diga-se de passagem, não é sintoma de grande inteligência política, bem ao contrário. Vai continuar assim até ao fim. Os professores saberão despedi-la, em grande, já no próximo mês de Setembro, para NUNCA MAIS quererem ouvir falar do pesadelo MLR. Vem este retrato a propósito da balcanização e da desorientação completas que o ME vai permitir que se instalem nas respostas contraditórias que, em nome de uma autonomia desresponsabilizante, vão ser dadas às situações de quem não entregou os objectivos individuais ou se recusa a participar nesta farsa de avaliação, cuja natureza grotesca e irrisória exporemos num próximo texto.
Uns directores definiram os objectivos individuais a quem não os entregou, enquanto outros não aceitam fazê-lo; uns aceitaram entregas de OI muito para além do prazo estabelecido (em tantas escolas, caricaturalmente, definidos no final do próprio processo, o que denota bem a relevância que o papelucho dos OI tem na orientação da prática docente - nada), outros não aceitaram; uns aceitam a FAA sem a entrega dos OI, outros recusam-na, como se noticia em cima, etc.
Tudo isto gerando diferenças de tratamento, absolutamente, casuísticas e cujo fundamento depende, quantas vezes, de se estar colocado a 1 km de distância. Quando o bom senso aconselharia a suspensão de todo o processo de avaliação, ferido de fraquezas, contradições, arbitrariedades e ilegalidades (como alguns de nós teremos oportunidade de demonstrar em sede própria, se tivermos que chegar a tanto), esta equipa ministerial e os seus tiranetes, que funcionam como paus-mandados no terreno, decidiram continuar a infernizar a vida aos professores e degradar ainda mais a vida nas escolas. Todavia isto só vai acontecer até 26 de Setembro, porque os portugueses vão ser capazes de, no dia 27, optarem pela devolução da serenidade, da racionalidade e do sentido ético e de exigência à escola, afastando do Governo estas personagens sinistras. Do ponto de vista dos professores, é necessário que todos nos empenhamos na concretização do COMPROMISSO EDUCAÇÃO, apertando a tenaz sobre este PS de Sócrates e pressionando os partidos da oposição a assumirem-se, em matéria de Educação, como alternativas credíveis a estas miseráveis políticas e condutas, genuinamente indignas e persecutórias dos professores.
Publicada por Octávio V Gonçalves

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Burocratização do acto educativo e despersonalização dos professores

"A produção em massa não está confinada à fábrica" - Palavras proféticas de John Dewey, ditas em 1927. John Dewey antecipava assim a concepção de escola do capitalismo globalista e neoliberal dos nossos dias.
Fonte: Dewey, John (1991) [1927]. The Public and its Problems. Ohio University Press
"Ficamos divididos em dois, na nossa própria despersonalização e na irreflexão dos nossos alunos, quando nos vemos a nós mesmos como meros detentores de lugares e burocratas de baixo nível, a preencher formulários e a completar procedimentos e grelhas" - Palavras proferidas por William Ayers, em 1993.
Fonte: Ayers, William (1993). To Teach. The Journay of a Teacher. Teachers Collge Press
"Não será isto a educação reduzida à aprendizagem de competências pragmáticas e utilitárias, privada que foi do húmus que só o cânone e as grandes obras lhe podem dar? Não será isto uma profissão reduzida a uma meia-vida daquilo que poderia ser? Uma espécie de não vida de onde o prazer e a excelência foram roubados? E de onde a democracia e a criatividade foram sacrificadas no altar da eficácia, da produtividade e da redução dos custos?"
Publicada por ProfAvaliação

domingo, 19 de julho de 2009

O decreto-lei 75/2009...

Com o decreto-lei 75/2009, aumentou exponencialmente o número de professores que estão afectos a funções de gestão e de avaliação de desempenho e que, por esse motivo, ou não têm turma atribuída (caso de milhares de professores do 1º CEB que são avaliadores ou coordenadores de estabelecimento) ou têm fortes reduções na componente lectiva (caso dos assessores do director).
Para quem chegou ao Governo com a intenção de enviar os professores para as salas de aula, a situação a que se chegou, passados quatro anos e meio de exercício de poder, deixaria qualquer um coberto de vergonha. Qualquer um com vergonha na cara.
Lembram-se de o Governo soprar para os jornais o número de professores destacados nos sindicatos? Por que razão não se incomoda com os milhares de docentes que estão sem turma por efeito da sua afectação a funções de gestão e de avaliação de desempenho? Porque o decreto-lei 75/2008 tem um objectivo fundamental: pôr fim à liberdade de expressão nas escolas. E tem um objectivo secundário também importante: preparar o caminho para a municipalização total das escolas públicas, entregando a gestão e o recrutamento dos professores aos partidos políticos locais.
Mas a questão não é meramente financeira. É sobretudo política e pedagógica. O que o ME quis foi criar uma clientela afecta à burocracia, distante do processo pedagógico, capaz de cumprir a missão que o Governo lhe destinou: ser os olhos e os ouvidos da ministra da educação em todos os gabinetes, corredores e salas de aula das escolas, digo dos centros de educação e formação do país.
Publicada por ProfAvaliação

sábado, 18 de julho de 2009

Fenprof ameaça com luta no início do ano lectivo


A avaliação de que foram alvo os professores ao longo deste ano nas escolas do país não deve ter qualquer consequência para efeitos de progressão de carreira ou concurso. Todos devem ser tratados como se tivessem tido “Bom”. A reivindicação não é nova, mas a três dias de mais uma ronda negocial com a ministra da Educação, os sindicatos voltam a insistir.A Federação Nacional de Professores (Fenprof) ameaça: a luta contra o modelo de avaliação “manter-se-á acesa podendo comprometer a tranquilidade do início do próximo ano lectivo”.Ontem, o Ministério da Educação anunciou que quer manter o modelo simplificado da avaliação do desempenho dos docentes até que o modelo original, que nunca chegou a ser aplicado, seja revisto tendo em conta algumas recomendações dos estudos feitos a pedido da tutela – nomeadamente o realizado por peritos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico e outro da autoria do Conselho Científico para a Avaliação de Professores. Ambos apresentavam críticas e recomendações depois da análise do que se tem passado nas escolas.A ministra Maria de Lurdes Rodrigues disse ainda que está disponível para ouvir as sugestões que os sindicatos tenham a apresentar para que a aplicação do modelo “simplex” corra melhor. Mudanças mais profundas, só mais tarde.Mário Nogueira voltou hoje a dizer que não há nada a negociar. Mas admite que poderá comparecer na segunda-feira no Ministério da Educação (a decisão só será tomada, provavelmente, na segunda) para reivindicar que o ciclo de avaliação que agora está a terminar não pode ter consequências.

In Público

O adeus à ministra


Professores querem que avaliações sejam ignoradas


In Público

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Continuar o regime simplificado de avaliação "é confissão de desastre da política educativa"

O deputado do PSD, Pedro Duarte, reagiu desta forma ao anúncio da prorrogação do modelo simplificado de avaliação de desempenho: "É uma confissão do desastre da política educativa". E acrescentou: "em vez de reformas, o que o Governo teve foi conflitualidade e arrogância".
Sem deixar de concordar com a apreciação de Pedro Duarte, tenho de lhe dizer que não chega criticar. Começa a ser a altura de divulgar medidas concretas. O que os professores querem saber é o seguinte: se o PSD for Governo vai revogar os decretos regulamentares 2/2008 e 1-A/2009? E se for, o que vai fazer em relação aos 50 mil professores que não foram avaliados por não terem entregue os objectivos individuais? Vai encontrar uma solução administrativa para eles? E o que vai fazer com os directores regionais de educação que deram orientações para os directores não avaliarem os docentes que não entregaram OI? E o que vai fazer com os directores regionais de educação e os directores que abusaram do poder? Vai exonerá-los?
E o que vai fazer com o decreto-lei 15/2007? Vai pôr fim à divisão da carreira em duas categorias?
Há milhares de professores que estão à espera destas respostas para decidirem o sentido do seu voto. Há muitos meses que os professores decidiram castigar o PS. Mas há ainda muitos docentes que não sabem a que partido político da oposição vão dar o seu voto. E se o PCP e o BE já mostraram, com clareza, que querem contribuir para revogarem aqueles diplomas, o PSD e o CDS ainda não o fizeram.
Publicada por ProfAvaliação

Grito pela liberdade no ensino!

Esta preocupação de tudo regulamentar e dirigir, a partir do centro do poder, a actividade dos professores, controlando passo a passo todos os seus movimentos, atitudes e acções, com leis, decretos-lei, decretos regulamentares, despachos, ofícios, circulares, regulamentos e orientações, está a destruir a liberdade, a criatividade e até a própria produtividade na educação (Esperemos pelos resultados do Pisa). Pior, a educação está a tornar-se numa tirania asfixiante e limitadora da actividade docente.
Pretende-se fazer dos professores autómatos acéfalos, meros executantes de medidas impostas por decreto ou despacho como se fossem obedientes robôs comandados por um qualquer controlo remoto, a partir de um centro nevrálgico. Ao decretar-se, minuciosamente e ponto por ponto, como o professor deve fazer a sua aula, que recursos deve usar, como deve avaliar os seus alunos, como deve, ou não, dar o apoio individualizado, como deve vigiar um exame ou como deve fazer uma reunião, etc., etc., retira-se ao professor a iniciativa, a criatividade e a liberdade, roçando os tiques da hiper-regulamentação típicos do fascismo e do nazismo. Tudo isto acontece, ironicamente, em nome da “democracia”, do “poder democraticamente eleito”, da “legitimidade democrática”, etc., etc.
Começo a ficar preocupado quando observo que os “velhos” paladinos das “liberdades democráticas” e das “liberdades individuais” se mantêm calados, quando assistimos, há já demasiado tempo, a uma teimosia ditatorial técnico-burocrática e a um quase neo-fascismo nas políticas educativas.
Para avaliar o desempenho dos professores não é preciso confundir o acto de avaliar com o de formar, como sucede com o actual modelo, ferido de morte. Para formar os professores, o Ministério pode e deve recorrer a cursos de formação nas Universidades, a cursos de formação por especialistas nas várias matérias desde o uso das novas tecnologias até ao domínio científico e actualizado das matérias dos programas. Para avaliar os professores, bastaria medir, através de provas de exame equilibradas e credíveis, a progressão dos alunos desde o ano em que o professor os recebe até ao ano em que os deixa, podendo, obviamente, o professor retirar uma ou outra turma que, por razões alheias à sua vontade, não manifesta qualquer motivação para os estudos. Outros factores como a assiduidade, a participação nas actividades culturais da escola, a sua formação e publicação científica e pedagógica também devem fazer parte dessa mesma avaliação. Mas deixem – aqueles que nunca deram aulas, que não conhecem os alunos e suas famílias, nem fazem a mínima ideia do que se passa nas escolas – deixem, dizia eu, os professores trabalhar em total liberdade técnica e pedagógica para preparar os seus alunos não só para as provas de exame (os alunos não têm exame em Filosofia, mas os professores são avaliados!) mas também para a sua formação enquanto cidadãos livres e responsáveis, com-scientes e criativos, capazes de responder critica e solidariamente aos desafios do presente e do futuro.
Deixem, por favor, os professores em paz. Viva a liberdade de ensino e no ensino!
Zeferino Lopes, Prof. de Filosofia na Escola Sec. de Penafiel, em 3 de Junho de 2009.
Publicada por Paulo Guinote

domingo, 12 de julho de 2009

Um barco à deriva


Neste momento, o Partido Socialista tem parecenças com um barco à deriva, cuja tripulação está prestes a amotinar-se.No fim-de-semana, surgiu o ressuscitado Manuel Alegre a reclamar uma nova política e novas caras para o PS; surgiu António Costa, número dois do partido, a reclamar contra alguns maus ministros do Governo; surgiu o líder concelhio dos socialistas do Porto a exigir que Elisa Ferreira optasse pela Câmara ou pelo Parlamento Europeu; surgiu a dupla candidata a dizer que não, que não opta nada, e acrescentou que tem o apoio do Sócrates, que, por sua vez, dois dias antes tinha proibido a duplas candidaturas, mas que já veio explicar que esse critério não se aplicava a todos; e surgiu o próprio secretário-geral do PS a passar um ralhete ao presidente da concelhia portuense. Se optarmos por recuar uns dias, tropeçamos nas cenas tristes de um ministro no Parlamento, nas cenas tristes do primeiro-ministro no diz que sabe e no diz que não sabe do negócio da PT, e em outras trapalhadas que se seguiram a trapalhadas outras.É curioso verificar isto. É curioso verificar como os resultados de umas eleições viram de pernas para o ar a realidade, ou o que aparentava ser a realidade. Até há pouco tempo, Sócrates era incontestado e incontestável, era reconhecido como o líder invencível, era o timoneiro determinado que sabia qual era o rumo certo para o partido e para o país. Era lisonjeado, era bajulado, era adorado por todos os que usufruíam das benesses do poder. Mas hoje é claro que tudo não passava de aparência, de encenação, porque ao primeiro sinal de possibilidade de perda desse poder, a rebelião instala-se, o líder desorienta-se, o rumo esfuma-se. O que era verdade ontem, hoje é mentira e amanhã não sabemos o que será. Ora isto torna claro como é espantosamente fácil contruir uma artificialidade mascarada de realidade, como se da realidade se tratasse.E é curioso verificar como o futuro de um país pode estar dependente de acontecimentos tão aleatórios e tão inusitados e, desse modo, ficar sujeito a ser governado por um amontoado de impreparados: Sócrates viu cair-lhe o poder no colo sem ter feito nada para o merecer e sem ter qualquer preparação para o cargo. Beneficiando de um conjunto aleatório de circunstâncias - fuga de Durão Barroso e manifesta incompetência de Santana Lopes e de Paulo Portas - obteve uma maioria absoluta por via de uma conjuntural «coligação» negativa dos eleitores, que entre dois males, escolheram o que pensavam ser o menor.Com o grande prémio no bolso, com uma oposição esfrangalhada e seguro pelo confortável apoio parlamentar, o impreparado Sócrates, munido de um pensamento primário e de uma ilimitada arrogância começou a governar com a presunção, própria dos medíocres, de que era o salvador da pátria, de que era o finalmente regressado D. Sebastião. Armado dos verbos «mudar» e «reformar», que repetiu a despropósito de tudo, e auto-proclamando-se «justiceiro» da República, com a coragem característica de quem tem as costas devidamente resguardadas, começou a mudar tudo e a tudo reformar. Não interessava se as mudanças eram para melhor ou se eram para pior; cego e surdo, teimoso e prepotente o que o preocupava era poder dizer que estava a reformar o país como nenhum outro fizera. Com tiques e pensamentos de tiranete, pensou, como qualquer medíocre pensa, que o mundo estava todo errado e só ele estava no estreitíssimo caminho da verdade. Pensou, como qualquer medíocre pensa, que podia introduzir alterações na vida das pessoas com o mesmo à-vontade de quem altera os detergentes da casa. Pensou que podia brincar com a dignidade profissional, pensou que podia maltratar, pontapear quem lhe apetecesse, desde que montasse uma enorme rede de interesses, como contrapartida de garantia de longevidade política.Todavia, um pormenor aborrecido acabou por perturbar o que parecia ser um imenso mar tranquilo de cumplicidades: a democracia, a malfadada democracia que, por vezes, tem a capacidade de dizer que o rei vai nu.Sem princípios, que são alterados consoante o lado de que o vento sopra, e alarmados pela iminência da perda de milhares de empregos políticos, os actuais dirigentes socialistas mostram que o transatlântico em que julgavam navegar não passa, afinal, de um navio de casco esburacado comandado por um homem de cabeça perdida.
Publicado por Mário Carneiro

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Divisão da carreira é "veneno" para educação



A divisão da carreira de professor é vista como "um veneno para o sistema educativo". São críticas lançadas no Fórum "Educação", promovido pelo Diário Económico e que reuniu diversos especialistas. O sociólogo da educação, Licínio Lima, da Universidade do Minho e com trabalhos na área das organizações educativas, identificou erros no sistema de escolha dos titulares. A jornalista Andreia Brito escutou estas visões do sistema educativo. Ouve aqui


Publicada por Movimento Escola Pública

terça-feira, 7 de julho de 2009

NOVO LOGOTIPO DO PS



Se há coisa em que os portugueses são exímios - todos o sabemos - é em humor. Aqui está a mais recente imagem chegada à nossa caixa de correio, com o assunto:
PS muda logotipo para as eleições!


Publicada por ILÍDIO TRINDADE

CONCURSO DE 2009...


CONCURSOS E QUEDA DE MÁSCARAS
Posição do Promova, que o MUP subscreve, relativamente ao Concurso de 2009.
Concursos de docentes 2009: caem as máscaras das políticas educativas de Sócrates e de Maria de Lurdes Rodrigues
A análise das colocações resultantes dos Concursos de Docentes 2009 permite, desde já, desmascarar, tanto a intencionalidade que está subjacente às políticas educativas deste Governo, como aquilo que têm sido as suas práticas de manipulação estatística de dados, procurando dissimular a gravidade das situações.
Atentemos, pois, no seguinte:
1) Estes concursos mostram à evidência que o Governo e o Ministério da Educação se orientam, exclusivamente, por critérios economicistas, visando poupar na área do desenvolvimento do país em que se deveria verdadeiramente investir, ou seja, na Educação (talvez para o Estado poder dispor de recursos financeiros para salvar a banca especulativa). É absolutamente incompreensível que ao mesmo tempo que se investe em planos para isto e para aquilo, que se integram crianças deficientes e com necessidades educativas especiais no sistema público de ensino, que se aposta nos cursos profissionais e no prolongamento da escolaridade, este seja um dos concursos mais excludentes de sempre, deixando de fora das vagas de quadro cerca de 99% dos novos candidatos. A esta exclusão acrescem os milhares de professores dos quadros de zona pedagógica que se viram impossibilitados de aceder às vagas de quadro de escola/agrupamento, ao arrepio de expectativas e de declarações em sentido contrário dos responsáveis ministeriais. Deste ponto de vista, estes concursos dão bem a ideia do logro das políticas educativas deste Governo, pois não se pode aumentar a qualidade e o número das omeletas pela via da eliminação generalizada dos ovos. Trata-se de uma aposta na precariedade e nas soluções transitórias;
2) Estes concursos deixam cair a máscara da estabilidade, pois 60% dos docentes não obtiveram colocação na sua primeira prioridade, o que se traduz em perspectivas de afastamento das suas áreas de residência, com a agravante de se verem agora condenados a um afastamento de 4 anos;
3) Estes concursos deixam cair a máscara da transparência de procedimentos, sonegando as vagas libertadas pelos concursos TEIP, as quais poderiam e deveriam ter sido disponibilizadas nestes concursos ou, então, ser dada a possibilidade de os professores agora colocados se poderem vir a candidatar às mesmas;
É necessário estar atento a eventuais erros nestas colocações, bem como à gestão de vagas para o que ainda falta em termos de colocações ou a jogadas de colocações por transferências decididas localmente para vagas “misteriosas”. Pois, de tudo isto aconteceu no último concurso de docentes.
Os sindicatos e os movimentos de professores vão estar atentos às manobras de afectação/requisição particular de professores e vão exigir ao próximo Governo a abertura de um concurso, no próximo ano lectivo, para prover às necessidades reais das escolas e para permitir a mobilidade de milhares de professores colocados fora das suas áreas de residência e que não merecem ter sido condenados a quatro anos de instabilidade e martírio.
Publicada por ILÍDIO TRINDADE

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Os professores não deixarão de lutar...


QZP E CONTRATADOS, O ELO MAIS FRACO!
Noventa e nove por cento dos docentes que concorreram para ingressar em quadro não o conseguiram e quarenta e um por cento do total de docentes dos QZP não obtiveram colocação no novo quadro criado (Quadro de Agrupamento).Tendo em conta a forma como o esquema numérico foi apresentado pelo Ministério da Educação, vem, assim, provar-se que os responsáveis políticos por esta pasta continuam na sua senda de confronto e afronta dos professores, especialmente QZP e contratados.Muitos destes professores sentiram, já no ano transacto, a pressão de uma avaliação desnorteada a troco de uma oportunidade de vinculação com o Estado. No entanto, acabaram de novo tratados como o elo mais fraco de uma cadeia em ruínas, como meros funcionários descartáveis e tapa-buracos. A paciência tem limites!O MUP já tinha alertado para a situação que agora se verifica e continua a exigir que ela seja revista, de forma a corrigir as injustiças criadas, a instabilidade que provoca e a degradação a que leva.Os professores não desistirão de lutar pela sua dignidade pessoal, profissional e cívica.


Publicada por ILÍDIO TRINDADE

domingo, 5 de julho de 2009

O Bloco Esquerda apresentou hoje o seu programa eleitoral e compromete-se na defesa da Educação...


"O Bloco de Esquerda apresentou hoje o seu programa eleitoral. Das muitas páginas consagradas à Educação, deixo aqui três ou quatro tópicos que referem especificamente aquilo que diz respeito ao trabalho dos professores:" do blogue Pérola da Cultura


PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO:

MOTIVAR E VALORIZAR PARA RESPONSABILIZAR

O Bloco de Esquerda compromete-se na defesa:


• da estabilidade profissional e contra a precarização;

• do fim da fractura entre professores de primeira e de segunda, sublinhada como um dos ataques mais lesivos da escola pública e que não foi fundada nem em critérios de qualidade nem em conteúdos funcionais diferenciáveis;

• por uma avaliação credível, que se inicia pelas escolas em contexto, alia vertentes internas e externas, e assuma a responsabilidade colectiva do trabalho docente;

• por um horário de trabalho que reconheça o aumento do tempo de qualidade para todo o trabalho docente vergonhosamente silenciado, e para dar resposta às exigências de mudança na escola pública;

• pela componente colectiva do trabalho docente como uma das vertentes mais positivas da sua actividade e como um dos aspectos que mais conteúdo dão à relação com os alunos/as.


PROGRAMA PARA UM GOVERNO QUE RESPONDA À URGÊNCIA DA CRISE SOCIAL, capítulo 3 - pp. 43/44. Pode ler o programa integralmente em Portal do Bloco de Esquerda

sábado, 4 de julho de 2009

OS CHIFRES

Dizem que o Sócrates teve azar com o ministro Manuel Pinho... Não é azar... Se eu convidar um ladrão para visitar a minha casa e se for roubado, não é azar, é estupidez...O Sócrates não o demitiu quando ele se espetou na China com a barata mão-de-obra portuguesa, quando infringiram a lei juntos num avião, quando andou a comer papas Maizena... acabou por demiti-lo, quando lhe pôs os "cornos"... Sim, porque Manuel Pinho não "pôs os cornos" ao Bernardino Soares, mas ao Sócrates...Também do Mário Lino aceitou todos os disparates, desde o "jamé" até à velhice...Deixa que o Ministro da Agricultura o desminta em público...Mantém em funções uma Margarida Moreira da DREN, depois de perseguir quem tinha opiniões diferentes...Deixa que utilizem o seu nome para extorquir dinheiro e pressionar magistrados...Escolheu para Ministra de Educação alguém que tinha perdido a custódia da própria filha e manteve-a, apesar de ter destruído a escola pública e de não conseguir entra num estabelecimento de ensino, quando lá estão alunos...Ficou muito admirado por ter perdido as eleições europeias, depois de ter maltratado os professores que o tinham eleito... Se ele agradece assim a quem o elege, o que não fará, se por obra do Diabo (que também tem chifres), ganhar as próximas eleições...o líder tem de saber escolher e disciplinar a sua equipa. Quem os deixa cometer todos os excessos sem penalização, mais vale dar o lugar a outro... O ..... é sempre o último a saber...O Manuel Pinho não foi penalizado, saiu a tempo do barco naufragado...
Professor Português
Publicada por Elídio Trindade

quinta-feira, 2 de julho de 2009

A canção que se impõe no momento...


Não importa sol ou sombra
camarotes ou barreiras
toureamos ombro a ombro
as feras.

Ninguém nos leva ao engano
toureamos mano a mano
só nos podem causar dano
espera.

Entram guizos chocas e capotes
e mantilhas pretas
entram espadas chifres e derrotes
e alguns poetas
entram bravos cravos e dichotes
porque tudo o mais
são tretas.

Entram vacas depois dos forcados
que não pegam nada.
Soam brados e olés dos nabos
que não pagam nada
e só ficam os peões de brega
cuja profissão
não pega.

Com bandarilhas de esperança
afugentamos a fera
estamos na praça
da Primavera.

Nós vamos pegar o mundo
pelos cornos da desgraça
e fazermos da tristeza
graça.

Entram velhas doidas e turistas
entram excursões
entram benefícios e cronistas
entram aldrabões
entram marialvas e coristas
entram galifões
de crista.

Entram cavaleiros à garupa
do seu heroísmo
entra aquela música maluca
do passodoblismo
entra a aficionada e a caduca
mais o snobismo
e cismo...

Entram empresários moralistas
entram frustrações
entram antiquários e fadistas
e contradições
e entra muito dólar muita gente
que dá lucro aos milhões.

E diz o inteligente
que acabaram as canções.

Poema de José Carlos Ary dos Santos

EH TOURO LINDO!


Fugiu-lhe a mão para a verdade. Deve ser uma investida às PMEs. Já agora oh lindo, como vais pagar ao Mexia o favor da compra do barracão da Quimonda Solar. É que a quimonda solar, para quem não sabe, é uma barraca inacabada e vazia. Quanto é que a EDP vai pagar pela barraca?

Publicada por O Zé

quarta-feira, 1 de julho de 2009

MANIFESTAÇÃO GRANDIOSA PARA DERROTAR O PS


No COMUNICADO DO MUP, de 8 de Junho, este movimento propôs a todos os movimentos independentes e sindicatos de professores a unidade na luta, organizando uma grandiosa Manifestação Nacional de Professores no dia 26 de Setembro.
Tendo em conta a data das eleições legislativas, entretanto marcada, o MUP renova a mesma proposta que se encontra aqui.
No entanto, para cumprir os quinze dias a que a lei obriga, em caso de eleições, propomos a data de 13 de Setembro, coincidindo com o início do ano lectivo e em vésperas das legislativas.
O MUP convida todas as outras classes profissionais, fortemente penalizadas por este governo PS, para que, no mesmo dia, se unam aos professores numa grandiosa manifestação que possa contrariar a Campanha à Obama que José Sócrates pretende fazer, no sentido de manter o poder a todo o custo.


JUNTOS, VAMOS CONSEGUIR!
MOBILIZAR! UNIR! RESISTIR!


Publicada por ILÍDIO TRINDADE