Os responsáveis políticos esquecem-se que sem verdadeiro investimento na Educação e nos professores nada vingará nem tão cedo sairemos do marasmo, mediania e cauda da União Europeia. Porque esse investimento, que se pretende de qualidade, se traduzirá, por isso mesmo, na melhoria do ensino e na preparação dos nossos jovens para o assumir de responsabilidades profissionais mas, também, cívicas, lamentavelmente tão pouco visíveis num país que já tem mais de três décadas de democracia!
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
A PROPÓSITO DOS PROFESSORES...
Os responsáveis políticos esquecem-se que sem verdadeiro investimento na Educação e nos professores nada vingará nem tão cedo sairemos do marasmo, mediania e cauda da União Europeia. Porque esse investimento, que se pretende de qualidade, se traduzirá, por isso mesmo, na melhoria do ensino e na preparação dos nossos jovens para o assumir de responsabilidades profissionais mas, também, cívicas, lamentavelmente tão pouco visíveis num país que já tem mais de três décadas de democracia!
O que vai mudar no próximo ano lectivo?
Apesar do recuo do ME, que tencionava integrar as escolas secundárias não agrupadas em agrupamentos verticais gigantescos, são ainda 84 os mega-agrupamentos criados. As escolas integradas nos mega-agrupamentos vão passar por mais um processo eleitoral, sujeitando os professores a mais mudanças, constituição de novos órgãos e criação de novas lideranças.
E há outra má notícia já para Setembro. O famigerado modelo de avaliação de desempenho vai ser posto, de novo, em prática com mudanças ligeiras que em nada alteram a substância. De agora em diante, a avaliação fica a cargo dos relatores e é de prever que todos os docentes peçam assistência a aulas. Vai ser a confusão geral e o regresso da burocracia inútil e do mau ambiente. Não queria estar na pele dos relatores!
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
PSD considera que novo Estatuto do Aluno é uma oportunidade perdida de pôr alguma ordem no ensino.
O Presidente da República, Cavaco Silva, promulgou o Estatuto do Aluno, que acaba com as provas de recuperação e volta a distinguir faltas justificadas e injustificadas.
A nova versão do Estatuto do Aluno foi aprovada no Parlamento em votação final global a 22 de Julho, com os votos favoráveis de PS e CDS-PP. PSD, PCP, Bloco de Esquerda e Os Verdes votaram contra.
Para os sociais democratas, o estatuto do aluno saldou-se numa "oportunidade perdida".
"Podíamos ter ido muito mais longe. Esta podia ter sido uma oportunidade de pôr alguma ordem no nosso sistema de ensino, que bem dela necessita", argumentou Pedro Duarte.
O deputado referiu as duas propostas do PSD para o "reforço da autoridade dos professores" e para a "criação de equipas multidisciplinares para apoio a alunos com necessidades específicas" que foram inviabilizadas pelo PS e CDS-PP.
O novo diploma acaba com as provas de recuperação, realizadas pelos alunos com excesso de faltas, independentemente da sua natureza, um mecanismo introduzido pelo anterior Governo com o apoio da então maioria socialista.
É recuperada a distinção entre faltas justificadas e injustificadas e são reduzidos os prazos dos procedimentos disciplinares, alterações propostas por todos os partidos, incluindo os que vão votar contra, e pelo próprio Governo, que também tinha apresentado propostas nesse sentido.
O Estatuto do Aluno determina ainda que o "incumprimento reiterado" do dever de assiduidade determina "a retenção" do aluno.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Morreu a Actriz Maria Dulce
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Novos Graus Académicos, investimento não compensa! - Retirado do Umbigo
O que interessa mesmo é fazer formações e pós-graduações em gestão e avaliação, que é considerado como formação especializada e dá fast-lane para órgãos de gestão e cargos de supervisão e avaliação.
Artigo 54.º
[...]
1 — A aquisição por docentes profissionalizados, integrados na carreira, do grau académico de mestre em domínio directamente relacionado com a área científica que leccionem ou em Ciências da Educação confere direito à redução de um ano no tempo de serviço legalmente exigido para a progressão ao escalão seguinte, desde que, em qualquer caso, na avaliação do desempenho docente lhes tenha sido sempre atribuída menção qualitativa igual ou superior a Bom.
2 — A aquisição por docentes profissionalizados, integrados na carreira, do grau académico de doutor em domínio directamente relacionado com a área científica que leccionem ou em Ciências da Educação confere direito à redução de dois anos no tempo de serviço legalmente exigido para a progressão ao escalão seguinte, desde que, em qualquer caso, na avaliação do desempenho docente lhes tenha sido sempre atribuída menção qualitativa igual ou superior a Bom
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Medina Carreira: fechar escolas para quê?
Mas vale a pena pararmos para pensar. Não tenho dúvidas que José Sócrates é um primeiro-ministro incompetente e sem escrúpulos que assim seja e ainda por cima, em nome não sei de quê (partidos?), tem quem o continue a apoiar e tem ainda quem queira trabalhar (?) com ele e quem ainda vote nele… Mesmo para todos aqueles que votam PS porque acreditam no socialismo, pergunto se “isto” que Sócrates anda a fazer é o socialismo em que acreditam. Onde estão as convicções de cada um? Onde está o contributo de cada um de nós para fazer erguer Portugal? E votamos em partidos ou votamos em valores? O que está a acontecer a um partido que permite que uma pessoa como José Sócrates se torne primeiro-ministro e ainda seja reeleito? E ainda se vem falar em unidade do partido… É demais para mim!
Se é verdade que temos uma geração de políticos em que a falta de credibilidade abunda, de uma ponta do quadrante político à outra, talvez signifique então que por um lado urge começar a limpar Portugal, também a nível político e, por outro, urge tornarmo-nos cidadãos mais interventivos, mais esclarecidos, mais interessados no seu país, porque Portugal somos todos e os políticos representam-nos! Quem somos nós como povo para termos um primeiro-ministro desta natureza? Mas, acima de tudo, o que queremos ser para travar este processo?
E fica, com Medina Carreira, o meu desejo “quem dera que Portugal tivesse um primeiro-ministro a sério”! Mas, para isso, vamos ter que escolher entre partidos e valores!
Posted by Ramiro Marques
domingo, 15 de agosto de 2010
TRISTE NOTÍCIA
domingo, 8 de agosto de 2010
As baboseiras de MST sobre os professores...
Que me processe, que disparate, que ignore, tanto me faz.
Mas não gosto de ler baboseiras em página inteira, pagas a peso de ouro, sem reagir.
Grande parte da crónica desta semana de Miguel Sousa Tavares é um desfiar de inexactidões, traumas mal resolvidos, declarações acintosas e erros factuais directos.
O primeiro deles surge logo na primeira frase: a ministra da Educação não propôs o fim dos chumbos no ensino Secundário, mas sim em toda a Educação não-Superior.
Em seguida, MST vai deslizando de disparate em disparate, até voltar a acusar os professores de medíocres, porque ao afirmar que os sindicatos de professores são a maior força de defesa da mediocridade, só por artifício retórico não está a chamar directamente medíocres aos professores. Se o não assume, é apenas por cobardia. É a minha opinião. Que vale tanto como a dele. Apenas tenho menos poder económico e não tenho advogados para colocar em terreno para intimidar quem de mim discorda.
Para além disso, sem qualquer fundamentação pois os mais recentes estudos de opinião atestam o contrário, a opinião pública não defendia as posições de Maria de Lurdes Rodrigues contra os professores. Ainda há poucos meses, novo estudo demonstrava que os professores constituem uma das profissões mais apreciadas e valorizadas (a de marreta opinador-residente do regime não vinha na lista) na sociedade. Mas MST chega mesmo ao ponto de insinuar que a imprensa protegeu os professores no seu conflito com o ME e o Governo, no que é uma distorção notável do que se passou durante a maior parte do tempo.
Por fim, e para encurtar dislates, MST afirma que o acordo entre a actual ministra (e porque não entre José Sócrates?) e os sindicatos de professores «vai custar ao país, nos próximos anos, milhares de milhões de euros em promoções e regalias injustificáveis». E continua com a conversa dos privilégios e reaccionarismo. Milhares de milhões? Quantos? Até quando? 2050?
MST tem direito à sua opinião. E a ser pago por quem entende pagar-lhe. Mas seria, no mínimo, ético que se tentasse informar e não cometesse erros básicos nas suas diatribes.
Afinal não é só sobre o aparelho digestivo do coelho que ele tem evidentes lacunas.
Será da andropausa ou algo parecido, mas na minha opinião, com factos evidentes como esta crónica, MST tornou-se um efabulador algo medíocre. É a minha opinião. Também tenho direito a achar que MST escreve, a partir de uma posição de privilégio, ajoujada não sabemos em que grupo de pressão. Parece sentir-se acima do vulgo, da crítica, um excelente em terra de pategos. O único puro. O único corajoso. O último gajo com cojones para enfrentar tudo, mas que se acoita atrás de Sarah Palin, para usar o termo cojones.
Assim, alguém que tenha cojones - estou a citá-lo a ele, que cita Sarah Palin, na sua prosa colorida de alfa-male fumador e caçador – para lho dizer, sem pruridos, sem anonimatos.
Nota final: agradeço que quem queira desancar ou defender MST nos comentários, o faça assumindo nome próprio. Para que ele não se desculpe com a cobardia alheia, para continuar com o seu constante abuso nas suas crónicas semanais.
Posted by Paulo Guinote