sexta-feira, 29 de abril de 2011

Suspenção da Avaliação Docente Inconstitucional,mas...

De acordo com a Lusa, o "Tribunal Constitucional declarou hoje a inconstitucionalidade da revogação da avaliação do desempenho dos professores, cuja fiscalização preventiva tinha sido pedida pelo Presidente da República."

O Governo, pela voz da Ministra da Educação, cuja intervenção se apressou a publicar no seu Portal, vem, uma vez mais, declarar o seu regozijo e satisfação, facto que levará os professores a perceber, em definitivo, que só a penalização deste PS de José Sócrates nas próximas eleições legislativas poderá travar uma das maiores iniquidades que foram introduzidas na Educação, com este modelo de avaliação.

Na parte final da sua declaração, a Ministra refere que a "avaliação é um factor central do desenvolvimento educativo", parecendo tentar, de novo, fazer passar para a opinião pública a ideia de que os professores não querem ser avaliados, o que não é verdade.

O que a senhora Ministra da Educação se esqueceu de dizer é que os professores, porque conhecem melhor do que ninguém a perversidade do modelo, discordam e se oporão, com todas as suas forças, a um modelo de avaliação imposto e que foi reconhecidamente espúrio, injusto, factor de instabilidade e enorme contributo para a desqualificação da escola pública.

Como se percebe, a declaração de inconstitucionalidade assentou em aspectos meramente formais, facto que não invalida a justeza política da sua suspensão por larga maioria na Assembleia da República.

A classe docente lutará nas escolas e onde for necessário. É esse esforço de luta que os professores continuarão a fazer até ser banido um modelo de avaliação de desempenho docente que prejudica alunos, professores e escola, assim como hipoteca a Educação e a Escola Pública.

Publicado por Ilidio Trindade

sexta-feira, 15 de abril de 2011

sábado, 9 de abril de 2011

Pergunto ao tempo que passa...

Pergunto, ao tempo que passa,
se há quem governe o País!...
E o tempo mostra a desgraça,
que o Governo desdiz!...

Pergunto aos "boys" que levam
a massa nas algibeiras
e os "boys" ao roubo se entregam
- levam tudo, sem maneiras!...

Roubam sonhos, geram mágoas!...
Ai pobre do meu País!
Mergulhado em turvas águas,
seu fim está por um triz!...

Quem o pobre Povo esfola,
pede meças a quem diz
que um País, que pede esmola,
continua a ser feliz!...

Pergunto à fome, que grassa,
por quem lhe roubou o pão.
- Logo os golpes de trapaça
dá como sendo a razão!...

Vi florir grandes fortunas,
com os montantes roubados,
sem terem, como oportunas,
punições para os culpados!...

E o tempo não muda nada!
Ninguém faz nada de novo!
Vejo a pátria acabrunhada,
com a cruz, que leva o Povo!

Vejo a Pátria na voragem
dos que andam a roubar,
cobertos p'la sacanagem
dos que dizem governar!..

Vejo gente a partir,
Em busca doutras paragens,
que lhe possam garantir
a vida, com outras margens!...

Há quem te queira enganada,
ó Pátria do desalento
e fale por ti, coitada!
Entregue estás a um jumento!...

E o tempo, em derrocada,
num ruído cacofónico,
vai aumentando a parada
de delírio histriónico!...

Ninguém faz nada de novo
e o dinheiro que vai fugindo!...
Nas mãos vazias do Povo,
fica a miséria florindo!...

E a noite torna-se densa,
de fantasmas e desdita!...
Peço notícias ao tempo
e ele só nos mortifica!...

Há sempre uma alcateia,
que agudiza a desgraça!
Há sempre alguém que semeia
injustiça e trapaça!...

Neste tempo de trapaça,
com personagens tão vis,
só mesmo com arruaça,
p'ra lhes partir o nariz!...

Mesmo na noite mais triste,
em tempo de podridão,
Sócrates ainda resiste,
com a lábia de aldrabão!...

(Autor desconhecido)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

segunda-feira, 4 de abril de 2011