De acordo com a Lusa, o "Tribunal Constitucional declarou hoje a inconstitucionalidade da revogação da avaliação do desempenho dos professores, cuja fiscalização preventiva tinha sido pedida pelo Presidente da República."
O Governo, pela voz da Ministra da Educação, cuja intervenção se apressou a publicar no seu Portal, vem, uma vez mais, declarar o seu regozijo e satisfação, facto que levará os professores a perceber, em definitivo, que só a penalização deste PS de José Sócrates nas próximas eleições legislativas poderá travar uma das maiores iniquidades que foram introduzidas na Educação, com este modelo de avaliação.
Na parte final da sua declaração, a Ministra refere que a "avaliação é um factor central do desenvolvimento educativo", parecendo tentar, de novo, fazer passar para a opinião pública a ideia de que os professores não querem ser avaliados, o que não é verdade.
O que a senhora Ministra da Educação se esqueceu de dizer é que os professores, porque conhecem melhor do que ninguém a perversidade do modelo, discordam e se oporão, com todas as suas forças, a um modelo de avaliação imposto e que foi reconhecidamente espúrio, injusto, factor de instabilidade e enorme contributo para a desqualificação da escola pública.
Como se percebe, a declaração de inconstitucionalidade assentou em aspectos meramente formais, facto que não invalida a justeza política da sua suspensão por larga maioria na Assembleia da República.
A classe docente lutará nas escolas e onde for necessário. É esse esforço de luta que os professores continuarão a fazer até ser banido um modelo de avaliação de desempenho docente que prejudica alunos, professores e escola, assim como hipoteca a Educação e a Escola Pública.
Publicado por Ilidio Trindade
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