sexta-feira, 17 de julho de 2009

Continuar o regime simplificado de avaliação "é confissão de desastre da política educativa"

O deputado do PSD, Pedro Duarte, reagiu desta forma ao anúncio da prorrogação do modelo simplificado de avaliação de desempenho: "É uma confissão do desastre da política educativa". E acrescentou: "em vez de reformas, o que o Governo teve foi conflitualidade e arrogância".
Sem deixar de concordar com a apreciação de Pedro Duarte, tenho de lhe dizer que não chega criticar. Começa a ser a altura de divulgar medidas concretas. O que os professores querem saber é o seguinte: se o PSD for Governo vai revogar os decretos regulamentares 2/2008 e 1-A/2009? E se for, o que vai fazer em relação aos 50 mil professores que não foram avaliados por não terem entregue os objectivos individuais? Vai encontrar uma solução administrativa para eles? E o que vai fazer com os directores regionais de educação que deram orientações para os directores não avaliarem os docentes que não entregaram OI? E o que vai fazer com os directores regionais de educação e os directores que abusaram do poder? Vai exonerá-los?
E o que vai fazer com o decreto-lei 15/2007? Vai pôr fim à divisão da carreira em duas categorias?
Há milhares de professores que estão à espera destas respostas para decidirem o sentido do seu voto. Há muitos meses que os professores decidiram castigar o PS. Mas há ainda muitos docentes que não sabem a que partido político da oposição vão dar o seu voto. E se o PCP e o BE já mostraram, com clareza, que querem contribuir para revogarem aqueles diplomas, o PSD e o CDS ainda não o fizeram.
Publicada por ProfAvaliação

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