A maldição da Educação, chamada Maria de Lurdes Rodrigues, vai manter-se até ao fim: dividir, hostilizar, conflituar, degradar...
Secundária de Odivelas Primeira escola a concluir avaliação vai penalizar docentes que não entregaram objectivos individuais 16.07.2009 - 15h06 Andreia Sanches A Escola Secundária de Odivelas terá sido a primeira escola do país a concluir o processo de avaliação de desempenho dos professores. E a primeira a tomar uma decisão sobre o que fazer com os professores que não entregaram os objectivos individuais: não avaliá-los. (...) Ler a notícia completa no Público online
Até ao dia 27 de Setembro, os professores e os portugueses em geral estão condenados a ter que suportar Maria de Lurdes Rodrigues, de longe a figura política mais antipática e mais aborrecida (no duplo sentido de entediante e taciturna) da democracia portuguesa.
Com ela, devidamente acolitada pela mais funesta dupla de secretários de Estado de que há memória, o ministério da Educação baixou o nível científico e pedagógico do seu discurso (assemelhando-se mais a um cemitério de conceitos frios, secos e mirrados) e degradou, tanto do ponto de vista técnico, como político e moral, a qualidade da sua intervenção. Numa palavra, perdeu o respeito daqueles que deveriam constituir o centro da sua actuação e a quem tinha a obrigação de estimular e envolver nas suas pretensas reformas (que nunca o foram na prática), ou seja, dos professores e dos alunos. Na obsessão das estatísticas favoráveis a todo o transe e do impulso em propagandear medidas (mesmo que disfuncionais ou contraproducentes no terreno) para projectar o ego e a vocação de emplastro do primeiro-ministro, MLR e Sócrates deitaram tudo a perder. Basta ter presente a forma como estes dois personagens fogem a sete pés de tudo que se assemelhe a presença de professores e de alunos. Vivem encurralados nos seus próprios equívocos e na sua incomensurável inépcia política e técnica. Por seu lado, as aparições públicas de MLR na comunicação social (com a televisão pública sempre solícita a dar-lhe o palco que nega a outros) já irritam e enojam os professores, tal o nível de demagogia, de desinformação, de desfasamento com a realidade e de desonestidade que caracteriza o seu discurso.
Esta criatura não tem emenda, não muda nada na rigidez de ideias que se lhe cristalizaram e entumeceram no cérebro, o que, diga-se de passagem, não é sintoma de grande inteligência política, bem ao contrário. Vai continuar assim até ao fim. Os professores saberão despedi-la, em grande, já no próximo mês de Setembro, para NUNCA MAIS quererem ouvir falar do pesadelo MLR. Vem este retrato a propósito da balcanização e da desorientação completas que o ME vai permitir que se instalem nas respostas contraditórias que, em nome de uma autonomia desresponsabilizante, vão ser dadas às situações de quem não entregou os objectivos individuais ou se recusa a participar nesta farsa de avaliação, cuja natureza grotesca e irrisória exporemos num próximo texto.
Uns directores definiram os objectivos individuais a quem não os entregou, enquanto outros não aceitam fazê-lo; uns aceitaram entregas de OI muito para além do prazo estabelecido (em tantas escolas, caricaturalmente, definidos no final do próprio processo, o que denota bem a relevância que o papelucho dos OI tem na orientação da prática docente - nada), outros não aceitaram; uns aceitam a FAA sem a entrega dos OI, outros recusam-na, como se noticia em cima, etc.
Tudo isto gerando diferenças de tratamento, absolutamente, casuísticas e cujo fundamento depende, quantas vezes, de se estar colocado a 1 km de distância. Quando o bom senso aconselharia a suspensão de todo o processo de avaliação, ferido de fraquezas, contradições, arbitrariedades e ilegalidades (como alguns de nós teremos oportunidade de demonstrar em sede própria, se tivermos que chegar a tanto), esta equipa ministerial e os seus tiranetes, que funcionam como paus-mandados no terreno, decidiram continuar a infernizar a vida aos professores e degradar ainda mais a vida nas escolas. Todavia isto só vai acontecer até 26 de Setembro, porque os portugueses vão ser capazes de, no dia 27, optarem pela devolução da serenidade, da racionalidade e do sentido ético e de exigência à escola, afastando do Governo estas personagens sinistras. Do ponto de vista dos professores, é necessário que todos nos empenhamos na concretização do COMPROMISSO EDUCAÇÃO, apertando a tenaz sobre este PS de Sócrates e pressionando os partidos da oposição a assumirem-se, em matéria de Educação, como alternativas credíveis a estas miseráveis políticas e condutas, genuinamente indignas e persecutórias dos professores.
Publicada por Octávio V Gonçalves
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