O encontro de 212 PCEs foi o mais importante acontecimento depois da última greve geral.
1. A PCE da Escola Secundária Rainha Dona Amélia, porta-voz dos 212 PCEs, foi eficaz, educada e certeira. Fez bem em não querer comentar as afirmações da ministra: "o processo de avaliação de desempenho decorre com normalidade". Não era preciso comentar. A simples presença de 212 PCEs, 18% do total, num encontro, realizado num sábado, é a prova da falta de normalidade do processo de ADD.
2. Aliás, a causa da presença de 212 PCEs na reunião de Coimbra é precisamente a falta de normalidade do processo, a enorme turbulência que ele causa nas escolas, a degradação do ambiente de trabalho e o risco de vir a prejudicar as aprendizagens dos alunos.
3. O pedido de audiência ao PR é correcto. 212 PCEs têm mais força do que milhares de professores nas ruas. E o PR será sensível a isso. Estou convicto que vai receber os representantes dos PCEs.
4. A próxima reunião, a realizar em Lisboa, vai ter mais PCEs. Já imaginaram o que seria juntar metade dos PCEs numa reunião de onde sai um pedido de suspensão deste modelo de avaliação?
5. À medida que mais PCEs começarem a perceber as enormes injustiças que a aplicação do Simplex2 provoca, serão mais os que juntarão a voz aos 212.
6. Aqueles que desistiram antecipadamente da luta ou que a afirmaram morta antes do tempo certo, vão ficar admirados com o que acontecerá no 3º trimestre: para além de mais reuniões de PCEs, nessa altura com mais de 3 centenas de presenças, são de esperar greves aos primeiros tempos da manhã e da tarde e mais manifestações nacionais. Para além da contestação jurídica com a impugnação em sede de tribunal administrativo dos actos cometidos ao abrigo do decreto regulamentar 1-A/2009.
7. Desenganem-se aos que, cortando toda a solidariedade com os colegas, pensam que vão aproveitar a confusão para obter o EXC e o MB. Não vão. Em breve saberão porquê.
Foto: Pintura de Salvador Dali
Foto: Pintura de Salvador Dali
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