sexta-feira, 27 de junho de 2008

Violência escolar...

MARGINAL, MARGINAL... É O MINISTÉRIO

«Violência escolar é marginal»

Declarações da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, contrariam PGR

A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, considera que a violência nas escolas não é um fenómeno grave, conforme tinha referido o procurado-geral da República, Pinto Monteiro.

«A violência escolar é marginal, ocorre em menos de cinco por cento das escolas», disse a ministra em entrevista à Sic.

Nos últimos meses, Pinto Monteiro mostrou-se preocupado com a violência no meio escolar, afirmando mesmo que tem «elementos seguros de que há alunos que vão armados para as escolas», e acusou o Governo de «minimizar» a dimensão deste problema.

O Procurador-Geral da República, que seleccionou a violência escolar como uma prioridade de investigação, no âmbito da nova Lei de Política Criminal, considerou que «a violência escolar funciona, em alguns casos, como uma espécie de embrião para níveis mais graves de criminalidade».

O PGR defendeu então que seja «reforçada a autoridade dos professores e que os órgãos directivos das escolas sejam obrigados a participar os ilícitos ocorridos no interior das mesmas».

Mas esta está longe de ser a opinião da ministra. Em relação às declarações de Pinto Monteiro, Maria de Lurdes Rodrigues explica: «Um nunca disse que estava ofendida». No entanto, alerta que «o que é um risco é o excesso de criminalização de actos de indisciplina». No entanto, a ministra considera que «se estivermos perante um crime, a polícia deve entrar na escola».

De qualquer forma, e apesar de considerar a violência escolar como algo «marginal», Maria de Lurdes Rodrigues afirma: «Espero que não haja o sentimento de impunidade nas escolas».

In Portugal Diário.

COMENTÁRIO:
Como sempre, a Sra Ministra parece viver em Marte! Os professores deveriam tomar as mesmas decisões dos juízes de Santa Maria da Feira: fechar as escolas enquanto não estiverem asseguradas as condições de segurança e, tal como defende o PGR, não for «reforçada a autoridade dos professores» e tornar obrigatório que «os órgãos directivos das escolas sejam obrigados a participar os ilícitos ocorridos no interior das mesmas».

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