Não se pode aproveitar nada?
Na Finlândia, os professores têm uma tarde livre para trabalharem em conjunto: planificam, trocam materiais e elaboram recursos didácticos de forma cooperativa. A ênfase está na atitude colaborativa e no apoio aos alunos que estão a ficar para trás. Não há exames nacionais, os resultados das avaliações externas das escolas não são tornados públicos, não há rankings de escolas e um em cada três alunos recebe aulas de apoio. Na Finlândia, os professores são muto bem pagos, a profissão é socialmente muito valorizada, não existe um sistema formal de avaliação de desempenho dos professores, não existe um Ministério da Educação com poderes curriculares e pedagógicos sobre as escolas, o currículo nacional é mínimo, a autonomia das escolas é grande, os planos de estudos incluem menos disciplinas do que em Portugal, o número de aulas por semana é menor e as aulas têm 45 minutos. Como se vê, é tudo ao contrário de Portugal.
Quem é que Portugal tem copiado? Na avaliação dos professores, Portugal copiou o Chile, Na centralização curricular e pedagógica, inspirou-se na França. Na avaliação externa das escolas, foi buscar o modelo britânico. Ou seja, Portugal tem vindo a copiar os países com piores resultados escolares.
Publicado por Ramiro Marques
2 comentários:
O problema irá persistir enquanto não for feita um reforma de base, estruturada e (sobretudo) pensada.
As colagens raramente dão bons resultados. O facilitismo não é só para os alunos, mas também para a nossa classe política.
Pois caro colega, tem razão quando diz que as colagens raramente dão bons resultados. Mas uma vez que foram copiar a outros países modelos de educação que não interessam nada, ao menos copiassem este modelo da Finlândi.
O ideal seria cria um modelo de educação adaptado às carências e realiades de Portugal, mas isso será um sonho por concretizar...ou não!
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