segunda-feira, 19 de maio de 2008

Poema de António Aleixo

O algarvio António Aleixo era cauteleiro e analfabeto.

Ficou conhecido pelas suas quadras de cariz popular e conteúdo social e humanista.

Ocorreu em 1999 o centenário do seu nascimento e o cinquentenário da sua morte.


Embora os meus olhos sejam

os mais pequenos do mundo

o que importa é que eles vejam

o que os homens são no fundo.


Tem quase um palmo de boca

não pode guardar segredos;

porém a testa é que é pouca :

tem pouco mais de dois dedos.


Engraxadores sem caixa

há aos centos na cidade,

que só usam da tal graxa

que envenena a sociedade.

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