quinta-feira, 22 de maio de 2008

"NOVAS OPORTUNIDADES" E "SUCESSO", CLARO!


Será que ainda há alguém que não entende que o GAVE deve ter, por certo, instruções para que o "sucesso" seja uma realidade e para que as "Novas Oportunidades" se transformem, de excepção, em regra? E chumbos? Não pode haver chumbos... ou já se esqueceram?

Quem passa os dias nos gabinetes navega no céu e voa pelos mares!

A notícia que segue é sintomática:


Educação: Soc. Matemática "repudia" críticas do director do Gabinete de Avaliação Educacional

Lisboa, 22 Mai (Lusa) - A Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) considerou hoje "inexactas e infelizes" as declarações do director do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) sobre as críticas da SPM às provas de aferição, sublinhando que tem "competência" para as fazer.

Quarta-feira, em declarações à agência Lusa, o director do GAVE qualificou de "inadequadas" e "levianas" as críticas que a SPM tinha feito no dia anterior às provas de aferição da disciplina, questionando a capacidade técnica do grupo em matéria de avaliação educacional.

A Sociedade tinha criticado a existência de questões "demasiado elementares" nas provas de aferição de Matemática do 4º e 6º anos, afirmando que os resultados poderiam ser bem piores se os enunciados fossem "mais exigentes".

Hoje, em comunicado, a SPM "repudia em absoluto" as afirmações de Carlos Pinto Ferreira, afirmando que "tem a competência para criticar provas de matemática" e que tem igualmente "todo o direito de o fazer".

Reitera ainda que os enunciados contêm "um número exagerado de questões demasiado elementares", quer na prova do 4º ano, quer na do 6º ano, e que, "com provas tão fáceis", o Ministério da Educação está a "desautorizar o esforço dos professores que têm insistido com os seus alunos na necessidade de dominar bem o cálculo, o raciocinio e os conceitos matemáticos".

"Não há perguntas demasiado elementares mas sim com graus de dificuldade diferentes - mas é assim que as provas devem ser feitas. Só quem não percebe de técnicas de avaliação educacional é que pode fazer essa acusação", tinha afirmado Carlos Pinto Ferreira.

"O comentário do director do GAVE dá a entender que nunca, em circusntância alguma, poderia haver questões demasiado elementares, mas apenas questões de dificuldade variável. Discordamos, como é obvio", responde a SPM.

Em 2007, quatro em cada dez alunos do 6º ano tiveram nota negativa na prova de aferição de Matemática, enquanto no 4º ano quase 20 por cento dos alunos teve "Não Satisfaz".

Em relação a Língua Portuguesa, os resultados não evidenciaram discrepâncias significativas entre os dois anos de escolaridade: entre os alunos do 6º ano, 85 por cento obteve nota positiva, prestação alcançada por quase 90 por cento dos colegas do 4º ano.

Os resultados das provas de aferição das duas disciplinas serão divulgados a 18 de Junho.

In RTP1

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