Recuos parecem insuficientes
Os recuos da ministra começaram, mas é bom que os sindicatos exijam documento escrito e assinado. Agora, a ministra afirma-se disposta a conceder uma segunda oportunidade aos professores que tiverem uma avaliação regular ou insuficiente. Quem tiver uma classificação "regular" ou "insuficiente" na primeira avaliação de professores, livra-se das consequências negativas previstas para estas notas, que só terão efeitos se vierem a ser confirmadas posteriormente. Esta é a nova proposta do Ministério da Educação, apresentada, ontem, numa reunião com os sindicatos que contou com a quase inédita presença de Maria de Lurdes Rodrigues. Os sindicatos insistem na suspensão do processo e consideram não existirem ainda razões para desistirem das acções de luta programadas. Mas vão reunir esta tarde para elaborar uma contra-proposta, que será discutida amanhã com a ministra.Leia aqui a história toda.O JN de hoje insiste também no recuo da ministra. A tutela apresentou aos sindicatos uma proposta com oito itens, ou oito formas de "melhorar as condições de concretização" do regime. Além da "segunda oportunidade" também estão em cima da mesa a possibilidade de os sindicatos acompanharem o processo nas escolas, a definição de horas mínimas da componente não lectiva, a criação de um escalão adicional da categoria de professor titular, assim como regras especiais de acesso ao topo de carreira. Propostas que Mário Nogueira classificou de "generalistas" e "insuficientes" para "se levantar ou aliviar as formas de luta". A reunião demorou pouco mais de duas horas. A ministra apresentou as suas propostas. O secretário-geral da Fenprof, contrapôs. Após um curto intervalo para cafézinho e ponderação marcaram nova reunião para amanhã à tarde e a Plataforma envia hoje ao ministério uma contraproposta por escrito. Ontem, à saída da reunião, Mário Nogueira insistia que os sindicatos iriam incluir nesse texto o pedido de suspensão do processo de avaliação até final do ano lectivo assim como dos procedimentos referentes ao novo modelo de gestão das escolas. Não faz sentido nenhum insistir-se no processo a pouco mais de mês e meio do final do ano lectivo, insistia aos jornalistas.Leia aqui.Por sua vez, o Público de hoje destaca que os sindicatos consideraram insuficientes e generalistas as propostas do ME e que se mantêm as razões para continuar a luta. José Manuel Fernandes, director do Público, assina um editorial com o título: "A avaliação já acabou, vamos todos fingir que não!" Vale a pena ler. Julgo, contudo, que o jornalista está a anunciar uma morte que ainda não aconteceu. Se a luta afrouxar, receio mesmo que não aconteça.Leia aqui o resto da história.Leia aqui, também, o que o Correio da Manhã de hoje diz sobre a reunião da ministra com a Plataforma Sindical.
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