Ensinaram-me no estágio que avaliamos a componente cognitiva, psico-motora e afectiva da aprendizagem. A componente afectiva, no meu entender, não será apenas um aluno portar-se bem. Isso é um pressuposto essencial, mas não esgota a questão. A componente afectiva é sobretudo um aluno construir valores morais a partir da aprendizagem e pô-los em prática. Não é de "moralismo" que falo: é humanismo. É de respeito pelas pessoas, pelos animais, pela Natureza, pela Cultura, por outras culturas, pelo Património, etc. Pode não ser evidente em todas as matérias e em todas as disciplinas, por isso cada professor deve pontuar como achar melhor, dentro das regras do bom-senso. Não podemos quantificar tudo ao milímetro. E o bom-senso deve imperar em situações como a do aluno que não sabe muito, mas que é educado, e se esforça. Sobretudo no ensino básico, esse aluno deve ser compensado. Da mesma forma, se um aluno sabe bastante, mas é um vândalo na sala de aula, para além do procedimento disciplinar deve ser penalizado na classificação, pois demonstra desrespeito pelo trabalho dos colegas e do professor. Para mim as coisas são claras. A margem de erro que isto pode ter é a margem de erro que tudo na vida tem. Enquanto não inventarem um perfeito "avaliómetro", as máquinas humanas são falíveis mas são as que temos.
Jorge Arriaga
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