
sábado, 27 de dezembro de 2008
FELIZ ANO 2009!!

sábado, 20 de dezembro de 2008
FELIZ NATAL!!!

> PRESÉPIO.... Muito Lindo mesmo! > >
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Do Umbigo - Recapitulando Prioridades
Em praticamente todas - ou mesmo todas - as conversas e debates mais ou menos acalorados ou pacíficos que tive em mais de um ano sobre a situação da Educação e da carreira docente foi possível estabelecer uma certa unanimidade quanto ás prioridades.
A saber, por ordem decrescente de importância:
- Estatuto da Carreira Docente, com especial ênfase para a questão da divisão hierárquica da carreira e do mecanismo das quotas para acesso aos escalões mais elevados.
- Modelo de Avaliação do Desempenho, devido ao seu carácter burocrático, papelento e incapaz de identificar o verdadeiro mérito do trabalho dos docentes.
- Modelo de Gestão Escolar devido aos seus princípios contrários à Lei de Bases ainda em vigor e à definição de um modelo de liderança unipessoal, pouco compatível com o natural funcionamento das escolas.
- Concursos, devido à pouca transparência e injustiça das regras definidas para as colocações, pelo menos do que se adivinha delas.
- Ingresso na Carreira, devido à imposição de uma prova, cumulativa com a formação inicial para a docência, ela própria já certificada pelo Estado.
- Etc.
De todas estas, as duas primeiras prioridades destacam-se pela sua premência, sendo claro que o Estatuto de Carreira é o pomo original da discórdia entre Ministério e docentes.
Como que o tronco de onde saem os ramos, como o modelo de avaliação, que também merecem a nossa discórdia.
E sempre se afirmou que centrar baterias e forças apenas na questão da avaliação poderia ser um erro táctico e não atacar aquilo que mais nos fere: a divisão da carreira e as famigeradas quotas.
Portanto, julgo eu, é de todo o interesse que a luta saiba adaptar-se às circunstâncias e perseguir o objectivo principal, não perdendo forças e efectivos em busca dos objectivos acessórios.
Cortando-se um ramo a árvore fica mais pequena e menos imponente, mas cortando o tronco a árvore cai toda.
Pelo menos é asim que eu vejo as coisas.
Agora se há quem receie ser enganado num processo negocial sobre o ECD é todo um outro campeonato.
Posted by Paulo Guinote
Pais e E.E. das escolas de Chaves estão com os professores na luta contra o modelo burocrático de avaliação
"As Associações de Pais/Encarregados de Educação do Agrupamento Vertical da Escola EB2/3 Dr. Francisco Gonçalves Carneiro, da Escola Secundária com 3.º Ciclo Fernão de Magalhães, da Escola Secundária com 3.º Ciclo Dr. António Granjo, da Escola Secundária com 3.º Ciclo Dr. Júlio Martins, do Agrupamento Vertical da Escola EB2/3 Nadir Afonso e do Agrupamento Vertical da Escola EB2/3 de Vidago, reunidas em 18 de Dezembro de 2008 para analisar os efeitos do novo modelo de avaliação de desempenho da actividade docente no quotidiano das escolas vêm por este meio comunicar o seguinte:
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Quase 500 escolas com o processo de avaliação parado
DEVAGAR... OS PAIS VÃO FICANDO DO NOSSO LADO
MOÇÃO
Considerando que:
. a nossa escola está implantada num território muito difícil, com uma população maioritariamente de condição socioeconómica muito baixa.
. as nossas salas de aula são “cinzentas”, onde até os quadros deixaram de ser negros há muito…
a nossa escola não tem adultos (auxiliares) em número suficiente, capaz de dissuadir comportamentos transgressores;
. a nossa escola não tem ginásio;
. a nossa escola tem um refeitório, subdimensionado para o nº de alunos que serve, em que algumas crianças - frequentemente - não têm tempo para comer;
. faltam os apoios educativos adequados e em número suficiente, numa perspectiva de “escola para todos” - nomeadamente psico-pedagógico e psico-social - para as crianças com necessidades educativas especiais;
. os nossos filhos estão em turmas de 28 alunos. 28, com a heterogeneidade “do costume” mais os “iguais”, fruto do prodigioso dec. lei 3/2008. Aliás, todos iguais, todos iguais, parece ser a nova “alma” dada por este governo à escola inclusiva;
. a teia burocrática em que as escolas estão enredadas e a “fúria” legislativa a que estão sujeitas (afinal que autonomia se pretende?), retiram aos professores o espaço, o tempo e a energia para algo, absolutamente, fundamental - conhecer, compreender e interagir com os seus alunos!
. E finalmente, porque o Ministério da Educação parece apostado em resumir/reduzir os problemas das escolas deste país ao problema da avaliação dos professores ou à falta dela;
Nós os Pais/EE dos alunos desta escola, dizemos BASTA! e também nós exigimos uma avaliação, imediata e consequente, às condições com que os nossos professores, auxiliares e, principalmente, os nossos filhos são obrigados a lidar diariamente!
Quantas vezes e de quantas maneiras temos nós, pais/cidadãos deste país, de pagar crise?
domingo, 14 de dezembro de 2008
Opiniões - Teodoro Manuel
A divisão da carreira é uma aberração injustificada por critérios válidos, que consentimos colectivamente, que sancionámos ao concorrer, massiva e, em muitos casos, acriticamente, abrindo caminho a este modelo de avaliação e às quotas. Nunca percebi porque razão os sindicatos a aconselharam. Mas isso agora não interessa, reconhecida a burrada ingénua, há que combatê-la. Pode tornar-se um pesadelo do passado.
Até 11/12/2008, eu não descortinava como forçar e apressar o retrocesso. O ME deu-nos o pretexto para acabar com isto de vez. Com a birra esticada aos limites do surreal (cada vez que olho para MLR, vejo o ministro da informação do Saddam), iluminaram-nos. Agora, haja coerência com a gritaria. Quanto a mim, antes de garantir o fundamental já não é mais preciso sair à rua, as greves tornaram-se desnecessárias, podemos fazer isto mais barato. Já está tudo dito, o coro pode emudecer. Talvez falte ainda, acabar com a conversa de que os alunos saem prejudicados pelos professores. O que nos prescrevem está sendo inteiramente cumprido.
A participação na rua ou nas marés empolgantes não revelam fibra. A incógnita está aqui. É um dado da equação mas a acção agora depende apenas da consciência individual de cada um. Se pusermos de lado o próprio umbigo e deixarmos de nos acocorar a catar migalhas de poder e de arregalar os olhos ao aceno de uns tostões, tomaremos as atitudes que se impõem. Se, finalmente em maior número, orientarmos as nossas vidas por outros princípios que não exclusivamente salvar a pele, passar entre os pingos da chuva sem ficar húmido, logo logo isto passa.
Tentámos falar com calhaus, com caracóis, com sapos, fizeram o favor de nos dizer estrondosamente que é impossível. Então não vamos engolir mais, nem desperdiçar energia. Vamos deixá-los a coaxar e tratar de vez de defender a nossa vida colectiva, em silêncio, sem incomodar ninguém. Haja coerência, solidariedade e um pouquinho de coragem. Confio que a maior parte de nós vai comportar-se com dignidade. Afinal, até os ratos lutam pela sobrevivência, não sejamos “zecos”. Pela parte que me toca, já sei o que vou fazer e isso deixa-me sereno.
Vivemos uma pós-democracia com falta de chá no berço (não sei como chamar a isto, democracia mínima em que o único direito é o voto e o voto é um cheque em branco, democracia regressiva, ditadura democrática, cilindraria financeira, sei lá), temos de acreditar, escolher o caminho e exigi-lo. Não requer estoicismo, apenas alguma abnegação, mas depois de tantos outros sacrifícios, de tanta calúnia, injúria, menosprezo, etc, já não dói. Se estivermos unidos não há imolação, não custa nada. Digo eu, que estou vacinado, antevi este filme a tempo e não entrei em cena desde o primeiro take.
Não reivindico a humilhação de quem quer que seja, mas levar bofetada enerva-me, e parece-me inadmissível que os professores sejam auto estrada para o deserto intelectual da plebe. Sem cobardia ardilosa, enunciem claramente o que pretendem e os portugueses que se pronunciem, não pretendam consegui-lo à custa de desconsideração, desprezo e servilismo, ainda por cima com a nossa conivência acéfala e amorfa ou subjugada. Já deviam ter percebido que assim não vingam. ¿Por qué no te callas, oh grande timoneiro, cego da própria radiosa presunção? Chega! Assim, a educação, a da plebe claro, fica embargada.
Se queremos um país cordial, civil, com igualdade de oportunidades, temos aqui e agora o ensejo de o demonstrar. Expurguemos as nuvens mais negras deste céu pesado que nos desabou em cima, sem sinais de desanuviar. Podemos contribuir para escampar esta saraivada. Sejamos solidários, dignos e coerentes e podemos reaver a luz possível na conjuntura actual, o esgarrão que vai ensurdecendo os tímpanos mais sensíveis é exilado no Largo do Rato. No fim, todos, não só os professores, sairemos a ganhar, e não apenas eu, eu, eu, eu e meia dúzia de adesivos.
Teodoro Manuel (Esc. Secundária da Moita)
Posted by Paulo Guinote
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sábado, 13 de dezembro de 2008
O plano de Luís Costa para acabar de vez com avaliação burocrática.
O meu plano é simples, arrojado — como tem de ser — e terrivelmente eficaz (penso eu, que sou apenas um simples professor e o poeta de serviço). Qualquer que seja a vossa reacção a estas ideias, não me demoverei do meu posto e continuarei a incendiar o campo de batalha com os meus dardos incandescentes.
1ª ACÇÃO - GREVE DE UMA SEMANA (19 a 23 de JANEIRO).
2ª ACÇÃO – EM CADA ESCOLA UMA REUNIÃO COM A ASSOCIAÇÃO DE PAIS, PARA EXPLICAR, COM DETALHE, OS VERDADEIROS MOTIVOS DA GREVE E O QUE ESTÁ EM JOGO PARA O FUTURO, INCENTIVANDO-A A COLOCAR-SE DO NOSSO LADO, ATRAVÉS DA REDACÇÃO DE CARTA A ENVIAR AO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO.
3ªACÇÃO – OS BLOGUES DA EDUCAÇÃO E DOS SINDICATOS, AO LONGO DESSA SEMANA, VÃO ACTUALIZANDO — NA NET E NA COMUNICAÇÃO SOCIAL – A LISTA DE ASSOCIAÇÕES QUE SE VÃO JUNTANDO A NÓS.
Termino, apelando a todos os professores deste país — novamente mergulhado no obscurantismo — para que não temam essa greve, não façam contas ao “rombo” que tal acção vai provocar no seu vencimento, porque há momentos na vida em que é preciso perder o amor aos anéis para preservar os dedos. Se perdermos esta luta, os nossos prejuízos serão infinitamente maiores.
Este é, de facto, um momento histórico, em que é preciso pôr todo o nosso empenho, toda a nossa dignidade e toda a nossa determinação no combate ao crepúsculo da escola pública. As futuras gerações de alunos e de professores não nos perdoarão, se perdermos esta causa a troco de algumas dezenas de euros. As asneiras desta ministra já nos roubaram muito mais, muito mais, muito mais!
Amo o ensino! NÃO ME DETEREI!
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Proposta que a Plataforma apresentou ao ME no dia 11/12
A Plataforma Sindical dos Professores
Precisamos de reacções urgentes por parte dos professores
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Sócrates, visto por Paulo Guinote
Assim se descobre a fibra de um governante, a sua coragem, o seu poder de choque. Com uma maioria absoluta José Sócrates não precisa de comprar a paz com os professores.
Antes de mais, a sempre criteriosa escolha de palavras do senhor engenheiro que, tal como os seus satélites de ocasião, se expressa sempre nos termos que conhece mais de perto e que acredita serem os dos outros.
Os professores não precisam de ser comprados, precisam sim de ser respeitados. Não percebendo isso, José Sócrates não percebe nada, desde a base. Eu teria vergonha em ser comprado por alguém, mas muito em especial pelo Governo do senhor doutor engenheiro José Sócrates. Ou melhor, até talvez perceba, embora certamente o espante, que muito poucos professores aceitam ser avaliados, desde que não seja por grelha ou fax. E que compras de avaliações, as há e houve, de variados preços, mas não é isso que queremos.
Queremos sim uma avaliação justa em que todos possam ter a classificação que merecem e não o que uma curva de interesses orçamentais dita, para existir folga para cobrir a incompetências ou desonestidades do sistema bancário privado, do BCP ao BPP, passando pelo BPN, todos eles retiros maravilhosos para boa parte da nata (banha?) política que nos governou nestes últimos 20-25 anos. Já sei, o aval do Estado não sai directamente do Orçamento, só se for preciso, mas todos sabemos o que significa isto e não é o que o senhor primeiro afirmou - um tiro certeiro para debelar a crise
Para além disso José Sócrates equipara uma possível paz social com os professores à comprada pelo seu antigo líder António Guterres, com a eliminação dos exames do 8º ano de escolaridade (?!), assim demonstrando toda a sua incapacidade radical para compreender que o que está em jogo é muito diferente. Para além de demonstrar como terá exercido o seu cargo no período guterrista, cheio de reservas mentais quanto ao que se passava na governação de então, José Sócrates tenta fazer equivaler o que não tem equivalência, porque a situação vivida então com os exames não teve - nem de perto, nem de longe - a gravidade do conflito actual.
Por fim, e talvez um dos erros estratégicos mais graves e que tem nublado a sua já escassa capacidade de percepção destas matérias, José Sócrates parece achar que concentrando as críticas em Mário Nogueira, referindo-se-lhe de forma irónica e fazendo com que na comunicação social a imagem do dito sindicalista seja sistematicamente atacada, consegue alguns resultados na desmobilização dos professores.
O que José Sócrates não compreende é que os docentes estão insatisfeitos e irritados de uma forma profunda, sendo meramente instrumental quem está à frente das negociações ou da Plataforma,desde que faça o seu papel. É Mário Nogueira? Poderia ser a Madre Teresa de Calcutá que para 80% dos docentes tanto faria. A sério. E é isso que algum PS enredado em fantasmas não compreende, evocando traumas passados e acenando como o «poder na rua» e um «clima de PREC».
A raiva incontida na generalidade dos docentes torna irrelevante quem está a representá-los, desde que os represente bem. A raiva incontida dos docentes dirige-se contra políticas erradas e os pequenos protagonistas que as desenvolvem, a quem não reconhecemos o mérito ou a competência para nos darem lições de ética profissional ou moral política, muito menos em matérias de avaliação.
E talvez seja aí que esteja a razão da evidente animosidade que José Sócrates dirige aos professores. Ele sabe o que nós sabemos. Ele sabe o que nós pensamos. Ele sabe como o encaramos. E não nos perdoa isso. E este braço de ferro - tal como com Maria de Lurdes Rodrigues - já ultrapassou a dimensão política há muito.
Trata-se, neste momento, de um mero desforço pessoal, usando para isso o aparato do Estado. José Sócrates gosta de banqueiros, de empresários, do homo tecnologicus, mas arrepanha-se-lhe tudo se lhe falarem de um professor, daqueles normais, pessoa com qualificação superior que dedicou a sua vida profissional a transmitir conhecimentos aos mais jovens, de formas mais ou menos convencionais, que tem brio no seu trabalho, que quer que os seus alunos se esforcem, que gosta de ver esse trabalho retribuído com os resultados desses mesmos alunos, mas sem truques estatísticos, que não recebe trabalhos por fax tecnológico em papel timbrado. Um modelo de professor que parecerá anacrónico. Detestável mesmo. Que urge extinguir. Castigar. eliminar. Trocando-o por um mero generalista, com formação bolonhesa, proletarizado, sem autonomia crítica. Dependente dos mails da DGRHE para saber que fazer. Cordato. Manso. Temeroso. Orgulhoso do seu 6º Armani, para usar os termos de um comentador aqui do Umbigo. Incapaz de ver para além das aparências.
Esse é professor ideal para qualquer regime que queira impor-se sem resistências, usando para isso o sistema de ensino.
José Sócrates não precisa de comprar a paz social, escorado na sua maioria absoluta de deputados cordatos, não da Nação, mas do Partido, à boa e velha moda estalinista. José Sócrates apenas precisa de comprar a paz com os banqueiros. A bem do futuro profissional de alguns dos seus ministros e de uma campanha eleitoral desafogada.
E tenta que os outros confundam isso com coragem, quando apenas se limita a ser forte com os fracos e fraco com os fortes.
O resto é aquilo que tecnicamente se designa, em Sociologia Avançada, por treta.
Posted by Paulo Guinote
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Como estoirar com a avaliação burocrática sem cometer ilegalidades?
2. Essa recusa aplica-se aos não titulares e aos titulares, aos que o são de facto e aos que o são em comissão de serviço.
2. Aplica-se também aos coordenadores de departamento.
3. De acordo com o decreto-lei 15/2007 e o decreto regulamentar 2/2008, um professor que recuse ser avaliado não pode progredir na carreira nesse ano.
4. Não existe mais nenhuma penalização prevista. Como a esmagadora maioria dos docentes não progride este ano na carreira, a penalização é residual.
5. Está nas mãos de todos os professores - porque todos têm o estatuto de avaliados -, recusarem ser avaliados.
6. Não é necessário que os avaliadores recusem avaliar os colegas. Se o fizerem podem estar a incorrer numa violação dos direitos profissionais, visto que faz parte dos conteúdos funcionais dos professores titulares a avaliação dos colegas.
7. Quando o ME e algumas DREs - em especial aquela do Norte -, ameaçam com processos disciplinares estão a referir-se apenas aos avaliadores que recusam avaliar os colegas.
8. Como provei atrás, para estoirar com o modelo burocrático não é necessário que os avaliadores violem conteúdos funcionais.
9. Basta que os avaliadores, à semelhança dos não titulares, recusem ser avaliados.
10. E desta forma simples, o modelo estoira. O ME sabe disse. A ministra também. Por isso é que ela está acabada. O Pedreira também sabe. Todos sabem. E nós também sabemos. É um segredo de Polichinelo.
Publicada por Ramiro
sábado, 6 de dezembro de 2008
SÍNTESE DO ENCONTRO NACIONAL DE ESCOLAS EM LUTA
Todos os professores e movimentos presentes tiveram oportunidade de intervir na discussão, na elaboração e/ou alteração e na votação de várias propostas apresentadas. O debate foi vivo e democrático; o entusiasmo, grande; a determinação, maior.
No final foram aprovadas algumas propostas elaboradas por participantes do encontro, bem como alterações e adendas à proposta aberta inicialmente apresentada pelo MUP e pela APEDE.
Delas daremos conta, com rigor, mais tarde, visto terem seguido para redacção final.
No entanto, em termos gerais, poderemos referir alguns pontos do que foi aprovado:
- Realização de uma manifestação nacional, em frente ao Palácio de Belém, no dia 19 de Janeiro de 2009, coincidente com a próxima greve nacional;
- Resistir nas escolas ao processo de avaliação em curso, bem como a todos os procedimentos com ela relacionados;
- Criar uma comissão para angariação de um fundo nacional de verbas necessárias para o suporte jurídico às acções, nos tribunais portugueses e europeus, com vista à impugnação do primeiro concurso para professores titulares;
- Continuar a fazer incidir a luta e incrementar o combate ao ECD, acabando com a divisão da carreira em duas categorias;.
- Promover o diálogo com os pais e encarregados de educação com o objectivo de lhes explicar as razões da luta dos professores, através da distribuição de comunicados esclarecendo os motivos por que os professores estão em luta.
Avaliação da Ministra
ser avaliados. Quem acabou com a avaliação dos professores foi o seu
governo, quando eliminou cerca de dois anos de tempo de serviço a todos os
professores e deixou de exigir relatórios críticos de actividade, que
deveriam incluir os seguintes itens:
1- Índice
2- Identificação do Docente
3- Introdução
4- Actividades Desenvolvidas
4.1- Serviço Distribuído
4.2- Desempenho e Cargos Directivos e Pedagógicos
4.3- Relação Pedagógica com os Alunos
4.4- Manuais Escolares e Obras de Leitura Integral
4.5- Participação em Projectos e Actividades Desenvolvidas no Âmbito da
Comunidade Educativa
4.6- Cumprimento de Programas Curriculares
4.7- Acções de Formação Frequentadas
4.8- Cooperação com os Professores das Turmas e do Grupo Disciplinar
4.9- Assiduidade
5- Conclusão
Esses relatórios eram avaliados por uma comissão de avaliação e tinham de
ser entregues até dois meses antes na mudança de escalão.
Dizer que nos últimos trinta anos não tinha havido avaliação é uma mentira
grave que a devia envergonhar. Podia dizer que não concordava com esse
modelo, estaria no seu direito, como eu tenho direito de não concordar com o
seu modelo.
Não tem o direito é de mentir descaradamente aos portugueses.
Desde já defendo um modelo simplificado de avaliação dos professores
semelhante ao que foi imposto no ano anterior aos contratados, resultante do
memorando de entendimento. Se todos já perceberam que é o que acontecerá no
futuro, por que motivo não chega a acordo rapidamente e termina com a
guerrilha que se instalou nas escolas, tentando impor um modelo que todos
reconhecem injusto, burocrático, asfixiante e alicerçado em compadrios? A
teimosia não leva a lado nenhum.
A vergonha não está em dialogar, mas numa ministra da educação não conseguir
entrar em nenhuma escola pública e achar que tem condições para continuar.
Agora sugiro que a senhora ministra reflicta e faça uma auto-avaliação com
base nos critérios impostos por si aos professores:
a) Relação com a comunidade educativa:
Critérios de insucesso:
1º 120 000 professores a protestar;
2º Os alunos não permitem que entre numa escola pública e fecham escolas;
3º O Auxiliares da Acção Educativa fazem greves;
4º Os representantes dos Encarregados de Educação nos Conselhos Pedagógicos
e Gerais votam favoravelmente moções que apelam à suspensão ou à
simplificação do processo de avaliação;
Classificação da Senhora Ministra : Insuficiente
b) Redução do Abandono Escolar:
Critérios de insucesso:
1º Centenas de professores estão a pedir a reforma antecipada com grandes
penalizações;
2º Todos os dias há alunos a emigrar com os pais para outros países, porque
não conseguem sobreviver em Portugal.
Classificação: Insuficiente
c) Melhoria dos resultados dos alunos;
Critério de insucesso:
1º Se aplicar exames com o mesmo grau de dificuldade que os de há cinco anos
atrás, verificará que os resultados serão muito piores, porque cada vez os
alunos sabem menos, uma vez que não têm tempo para fazerem os trabalhos de
casa com a excessiva carga horária de 14 disciplinas (no 7º ano).
2º Experimentei dar os mesmos testes que dava há 10 anos atrás e tive mais
de 80% de insucesso, quando nessa altura tinha cerca de 10%.
Classificação: Insuficiente.
d) Formação Contínua:
Não se conhece nenhuma formação que tenha feito no último ano, por isso é
insuficiente.
Como se apercebeu, a sua avaliação é insuficiente, mas como se mostra cega e
surda aos sinais que a rodeiam, foi-lhe aplicado um Plano Educativo
Individual e continua no cargo a prejudicar a escola pública.
Outra mentira que tem tentado passar é a de que os alunos não têm motivos
para protestar, porque, segundo a senhora ministra e os secretários de
estado, de acordo com o novo Estatuto do Aluno, os alunos que faltam
justificadamente por doença não têm medidas correctivas ou Prova de
Recuperação. A única forma de não estar a mentir é não ter lido o artigo
22.º que passo a citar para que não volte a mentir:
Efeitos das faltas
1 -- Verificada a existência de faltas dos alunos, a
escola pode promover a aplicação da medida ou medidas
correctivas previstas no artigo 26.º que se mostrem
adequadas, considerando igualmente o que estiver contemplado
no regulamento interno.
2 -- Sempre que um aluno, independentemente da
natureza das faltas, atinja um número total de faltas
correspondente a três semanas no 1.º ciclo do ensino
básico, ou ao triplo de tempos lectivos semanais, por
disciplina, nos 2.º e 3.º ciclos no ensino básico, no ensino
secundário e no ensino recorrente, ou, tratando-se,
exclusivamente, de faltas injustificadas, duas semanas
no 1.º ciclo do ensino básico ou o dobro de tempos
lectivos semanais, por disciplina, nos restantes ciclos
e níveis de ensino, deve realizar, logo que avaliados os
efeitos da aplicação das medidas correctivas referidas
no número anterior, uma prova de recuperação, na disciplina
ou disciplinas em que ultrapassou aquele limite,
competindo ao conselho pedagógico fixar os termos
dessa realização.
Eu sublinhei as partes que a senhora Ministra ainda não tinha entendido para
lhe facilitar a compreensão.
Mas se ainda não está convencida. Experimente chegar ao Conselho de
Ministros e dizer:
- "Meus amigos, a partir de agora somos nós que nos vamos avaliar a nós
próprios. Os ministros que nasceram antes de 1948 avaliam os restantes. Não
importa se sabem mais ou menos. Vão avaliar o nosso trabalho, não só no
Conselho de Ministros, mas também na Comunicação Social. Se trabalharmos
muito e dermos nas vistas podemos ser classificados de "Muito Bom" ou de
"Excelente". No entanto, se houver mais do que um Excelente ou dois Muito
Bons, essas classificações não poderão ser atribuídas, porque só poderia
haver um Excelente e dois Muito Bons. Para finalizar tenho a dizer-vos que
temos de aceitar tudo o que digo e não aceito qualquer tipo de reclamações."
Depois ouça o que eles têm para dizer.
Espero ansiosamente que a Escola volte à normalidade, pois esta situação é
insustentável!
Avaliação suspensa já!!
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Vigília de Professores frente ao ME
Os professores deram início esta quinta-feira a uma vigília de 36 horas frente ao Ministério da Educação, na Avenida 5 de Outubro, em Lisboa, onde montaram uma tenda de campismo e empunham faixas e bandeiras dos vários sindicatos. É mais uma das formas de luta encontradas pelos professores para contestar o modelo de avaliação dos docentes.
Desde as 10h00 desta quinta-feira, que cerca de 60 professores, ao som da música de Sérgio Godinho, gritam palavras de ordem e exibem faixas onde se pode ler “Avaliação: Suspensão já” e “Da indignação à exigência: Deixem-nos ser professores”.Esta vigília tem lugar apenas um dia depois da greve considerada pelo sindicatos como 'histórica', com uma adesão de 94 por cento, um número bastante abaixo dos 61 por cento apontados pelo Ministério da Educação, que admitiu uma adesão “significativa” à paralisação
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Professores de Sintra em Greve exigem demissão da Ministra


Cerca de centena e meia de professores/as e educadores/as de escolas de Sintra juntaram-se esta manhã naquela vila, protestando contra a política de ataque à escola pública promovida pelo Governo. O encontro terminou com os/as docentes reafirmando a sua convicção na luta e exigindo a demissão da ministra Maria de Lurdes Rodrigues.
A concentração iniciou-se pelas 11:30h na AV. Heliodoro Salgado, via pedonal onde docentes de uma dezena de estabelecimentos do município se foram reunindo, aproveitando para trocar impressões sobre a adesão à greve nas diferentes escolas e a luta de que têm sido protagonistas.
Seguiu-se um desfile até à Câmara Municipal, num ‘percurso de 600 metros onde o cortejo recebido incentivos de alguns dos transeuntes.
Já nos Paços do Concelho, e após largos minutos de espera à chuva, a concentração transformou-se num mini plenário onde foram transmitidas as conclusões do encontro de um grupo de representantes com o presidente da Câmara, tendo este relembrado que a autarquia não tem responsabilidades na gestão e avaliação de pessoal docente.
As razões da luta – valorização da escola pública, um estatuto da carreira docente digno e um sistema de avaliação justo – forma depois reafirmadas, tendo a manifestação terminado com e a exigência da demissão da ministra.
Esta iniciativa foi promovida pelos professores do agrupamento de Escolas D. Carlos I, em Sintra. No final do encontro, houve uma reunião com um representante de cada escola, a fim de se constituir uma comissão representativa.
Texto e fotos de André Beja
Movimento Escola Pública
A GREVE - SINTRA
Colegas:
Aqui vão as fotografias que comprovam que nós os “agitadores” de Sintra tb estivemos activos debaixo de chuva.
Tivemos uma audiência com o Presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara, que nos recebeu simpaticamente mas…com um discurso “se nós tivéssemos mais autonomia talvez vos pudéssemos ajudar assim…”, discurso político vazio de quem já se entregou aos poderes e contra-poderes dentro do sistema e considera que pouco pode fazer. Obrigado, já conhecemos o discurso…os tempos são de acção e de poucas e sábias palavras.
Um abraço
Cristina Didelet
Escolas e Agrupamentos presentes:
ð EB Dr. Rui Grácio – Montelavar;
ð EB 23 D. Carlos I – Sintra;
ð Secundária Gama Barros - Cacém;
ð Secundária Ferreira Dias – Cacém;
ð EB 23 Terrugem;
ð EB 23 António Sérgio – Cacém;
ð D. Fernando I – Sintra;
ð Secundária Padre Alberto Neto - Queluz;
ð Secundária Matias Aires – Cacém (Mira-Sintra).
Adenda: Também estiveram presentes colegas do Agrup. Escolas Ruy Belo.
Publicado por Paulo Guinote
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
NÃO NOS PODEMOS DEIXAR ENGANAR
O governo veio agora estabelecer que os professores que não queriam aceder às notas de Excelente e Muito Bom estão dispensados da avaliação cientifico-pedagógica. Ou seja, limitam-se a entregar os objectivos individuais ao Conselho Executivo, que por sua vez preenche uma ficha sobre a assiduidade do professor. Isto merece-nos duas considerações:
1) As simplificações anunciadas só são válidas para este ano lectivo. O governo quer ver se por agora contém os protestos dos professores e no ano que vem entra com este modelo a todo o gás.
2) Não deixa de ser caricato que o governo dispensa os professores da avaliação cientifico-pedagógica (claro, só aqueles que não tentem ter Muito Bom ou Excelente), mostrando assim que na verdade não está interessado em melhorar coisa nenhuma ao nível da qualidade das aulas. Só está preocupado em manter o sistema de quotas e a divisão da carreira, para dificultar a progressão e poupar em salários. O resto são trocos, mas com os quais voltará à carga para o ano.
Os professores só podem dar uma resposta: suspensão imediata deste modelo de avaliação injusto, negociações para um outro modelo no quadro do fim da divisão da carreira, fim das quotas, e uma avaliação justa para este ano, baseada no modelo antigo, mas que não seja esta farsa que o governo propõe.
Encontro Nacional de Escolas dia 6/12 em Leiria
Amanhã, é o dia da maior greve de professores. No dia 6/12, a luta continua com o Encontro Nacional de Escolas em Luta
CONCENTRAÇÃO/ DESFILE EM SINTRA DIA 3

Dia 3 daremos de novo a resposta!
JUNTOS VENCEREMOS!
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
MANIFESTO ANTI-SARCOS

Basta!
Morra o Sarcos! Rá-tá-tá!
Abaixo a arrogância, a prepotência!
Abaixo a jactância e a impostura
Escondida na armadura
Fashion e macia
Desta macilenta democracia!
Basta!
Morra o Sarcos! Rá-tá-tá!
O Sarcos é um bacano
O Sarcos é um porreiro, pá,
Eleito por engano
Em domingo de nevoeiro!
O Sarcos tem um canudo
De cortiça
Um canudo de Entrudo,
Com fitas e tudo,
Comprado depois da missa!
Basta!
Morra o Sarcos! Rá-tá-tá!
O Sarcos mente ao país
Com quantos dentes tem!
Cala e fala a preceito
E não sabe o que diz.
O Sarcos não respeita ninguém
O Sarcos não tem coração:
Manda e desmanda sem jeito
O Sarcos é um anão
Do Socialismo e do Direito!
Basta!
Morra o Sarcos! Rá-tá-tá!
Um país que tem Sarcos
É um feudo ordinário,
Que fabrica pobreza
Para alimentar a avareza
Do gordo milionário!
O Sarcos vai dar de frosques,
Porque é um Robim dos Bosques
Virado ao contrário!
Basta!
Morra o Sarcos! Rá-tá-tá!
O Sarcos é um corvo,
Augúrio do retrocesso
E da liberdade esganada!
O Sarcos é um estorvo
Um empecilho de alabastro
Que nos impede o progresso!
Arranquemos este emplastro,
Esta excrescência da política
Que leva à derrocada
E à liberdade somítica!
Basta!
Morra o Sarcos! Rá-tá-tá!
E como se abate
Este bicho ignoto?
Com arma de chocolate:
O VOTO!
Basta!
Morra o Sarcos! Rá-tá-tá!
Luís Costa
DIA 3 DE DEZEMBRO, EM SINTRA
Dia 3 daremos de novo a resposta!
JUNTOS VENCEREMOS!
