Uma das formas mais eficazes de combater ideologica e pedagogicamente o modelo de avaliação burocrática de desempenho é divulgar os exemplos caricatos criados por um modelo insensato e injusto. Neste blog, tenho procurado identificar, recolher e divulgar esses exemplos. Através dos exemplos é possível ir desmontando um modelo de avaliação que está errado em termos conceptuais, operativos e processuais. O exemplo divulgado pela colega Bárbara cumpre bem essa função.
A propósito da avaliação pelos pares, na minha escola ocorre uma situação engraçada. No Departamento das Expressões (que engloba Ed. Musical, Ed. Física, EVT, EV, ET, Apoios Educativos e Intervenção Precoce), o Coordenador do Departamento é um professor de Educação Física. Foi docente do 1.º Ciclo durante alguns anos e há mais de 10 anos que é professor de Educação Física. Fez a licenciatura em ensino básico, na variante de Educação Física. Este colega vai avaliar todos os docentes à excepção dos de EVT e EV, pois delegou essa competência ao outro titular que existe no Departamento, que, por sua vez, é professor de EVT.
Ou seja, o docente de Educação Física vai avaliar os colegas dos Apoios, da Intervenção Precoce, de Ed. Musical e de Educação Física. Alguns 20 marmanjos. Entre estas pessoas encontram-se mestres e doutorandos na respectiva área. Não configura isto uma injustiça e uma insensateza? Não são situações deste tipo suficientes para mostrar que o modelo de avaliação de desempenho precisa de profundas alterações? Como é que o ME pode continuar cego perante situações desta gravidade? Ou será que o domínio dos saberes científicos e curriculares deixou de ter valor na profissão do professor?
Ou seja, o docente de Educação Física vai avaliar os colegas dos Apoios, da Intervenção Precoce, de Ed. Musical e de Educação Física. Alguns 20 marmanjos. Entre estas pessoas encontram-se mestres e doutorandos na respectiva área. Não configura isto uma injustiça e uma insensateza? Não são situações deste tipo suficientes para mostrar que o modelo de avaliação de desempenho precisa de profundas alterações? Como é que o ME pode continuar cego perante situações desta gravidade? Ou será que o domínio dos saberes científicos e curriculares deixou de ter valor na profissão do professor?
Bárbara
Sem comentários:
Enviar um comentário