quarta-feira, 20 de maio de 2009

Paulo Rangel disse hoje: "seria importante que o Governo aceitasse o fim das quotas e o fim da distinção entre titular e não titular".



“Marcámos este debate de actualidade para que o Parlamento faça um ponto da situação e apelo ao bom senso do Governo no sentido da pacificação das escolas”, justificou, hoje, Paulo Rangel. Segundo o líder parlamentar do PSD, “seria importante que nas negociações do Estatuto da Carreira Docente o Governo se aproximasse das posições dos professores” e aceitasse “o fim das quotas” para promoção na carreira e “o fim da distinção entre professor titular e professor não titular”. Fonte: Lusa, 20/5/09
Comentário
Faz bem Paulo Rangel em pedir bom senso ao Governo. Mas isso é pedir o impossível. A guerra do PS contra os professores só tem fim à vista com a justa derrota do PS nas três eleições que se avizinham. Todos os partidos da oposição se têm portado bem nesta questão. Ana Drago (BE) tem sido incansável no ataque à ministra da educação. Diogo Feio (CDS) fez propostas sensatas sobre a revisão do ECD. Os deputados do PCP votaram sempre a favor das propostas de suspensão da ADD. Por diversas vezes, todos os partidos da oposição manifestaram apoio explícito aos professores nas questões das quotas e da divisão da carreira. A nossa vitória está ao alcance de um voto. No dia 30 de Maio, vamos dar mais um empurrão para a derrota do PS. Não fiques em casa. Não arranjes desculpas para não estares presente. E no dia das eleições, vota no partido da oposição da tua preferência. Não te abstenhas. Entre a postura de Paulo Rangel e a atitude de Vital Moreira vai a diferença toda: enquanto o primeiro apoia a luta dos professores e quer acabar com as quotas e com a divisão da carreira, o segundo apoia sem pudor nem reservas o Governo e a ministra da educação. Vamos castigar o segundo. O Compromisso Educação está a andar. Os movimentos independentes de professores têm feito um trabalho notável na construção do Compromisso Educação com os partidos da oposição. Esta iniciativa é, sem dúvida, de extrema utilidade para os professores. Se o PS perder as eleições, as duas maiores reivindicações dos docentes serão satisfeitas: fim das quotas e fim da divisão da carreira em duas categorias. De todas as formas de luta, a construção do Compromisso Educação é a que melhores frutos pode trazer a curto prazo.

Publicado por Ramiro Marques

Sem comentários: