Caro colega,
Em anexo segue uma carta aberta à plataforma sindical (e em especial à Fenprof) dos professores da Escola Secundária de Lousada que já foi enviada por mail.
Foi enviada, ainda, uma carta por correio normal, para a sede do sindicato, com as assinaturas que foi possível recolher nos últimos dias na nossa escola.
O nosso objectivo é tão só fazer chegar aos Sindicatos o nosso descontentamento e desilusão pelo rumo seguido pela plataforma sindical de abrandar as formas de luta nesta altura.
Envio o anexo com a referida carta, dando-vos liberdade para que a divulguem, caso considerem pertinente.
[Identificação]
(em nome da maioria dos professores da Escola Secundária de Lousada)
Professores da Escola Secundária de Lousada contestam formas de luta propostas pela Plataforma Sindical
Os professores da Escola Secundária de Lousada vêm, por este meio, apresentar a sua total discordância com o enfraquecimento das formas de luta previstas para o final do ano lectivo, apresentadas pela Plataforma Sindical.
Pertencemos a uma escola secundária que talvez seja caso único no país, pois dos cerca de 140 professores somente um solicitou aulas assistidas e entregou objectivos individuais. Temos agido de forma unida e coerente: fomos às duas manifestações nacionais e a adesão às duas greves foi sempre acima dos 97%.
Consideramos (e fizemos saber ao nosso delegado sindical da Fenprof) que as formas de luta têm de ser radicalizadas e NUNCA atenuadas, sobretudo nesta altura do ano lectivo e neste período político (época pré-eleitoral).
Entendemos que nova manifestação ao sábado é totalmente desadequada, dado que já fizemos duas com números de adesão assombrosos e nada foi conseguido. O mesmo ocorreria se se realizasse greve de um dia (e mais se revela totalmente descabida e anedótica a realização de paralisações por dois tempos lectivos – o que nos remete para a pergunta: se duas greves com adesões de cerca de 90% em dois dias não surtiram efeito, o que leva os sindicatos a pensarem que uma paralisação por dois tempos provocará alguma mudança? É como esperar que um doente que precisa de penicilina, se cure apenas com benuron…)
Com efeito, os professores da Escola Secundária de Lousada (e estamos em crer que a esmagadora maioria dos professores) não se revêem no abrandamento das formas de luta. Como tal, não participarão nem na pseudo-greve de dois tempos lectivos prevista para o dia 26 de Maio, nem na manifestação masoquista “para Lisboeta ver” no dia 30 de Maio.
É que, ou se luta com as armas todas, ou então, sentemo-nos a descansar que bem precisamos por esta altura…
Professores da Escola Secundária de Lousada
Lousada, 7 de Maio de 2009
Assinaturas:
Publicada por ILÍDIO TRINDADE
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