quinta-feira, 2 de abril de 2009

Lembram-se das duas manifestações que encheram as ruas da capital, em Março e Novembro?

A Luta de Novo Acesa

O terceiro período será de luta e mobilização massiva – esta foi a
principal conclusão do encontro entre representantes da Plataforma
Sindical e de Movimentos de Professores que se reuniram nesta
quarta-feira – 1 de Abril - para consertar posições. António Avelãs,
do SPGL, adiantou que a Plataforma Sindical irá discutir amanhã,
sexta-feira, a proposta de uma grande acção de rua a realizar em Maio
próximo.

Os Movimentos de Professores – APEDE, CDEP, MEP, MUP e PROmova –
tinham solicitado este encontro com os sindicatos, na sequência do
Encontro de Escolas em Luta, recentemente realizado em Leiria. A
convergência de análise e de perspectivas foi evidente ao longo de
toda a reunião.

Recorde-se que a semana de 20-24 de Abril (de consulta e debate sobre
as melhores formas de luta), promovida pela Plataforma, vai ser
marcada por reuniões em escolas e agrupamentos de todo o país. A
necessidade de “re-unir” de novo toda a classe docente em torno do que
é fundamental passará assim por encontrar uma forma e um plano de luta
capaz de colocar o Ministério e o governo de Sócrates no centro da
crise do sistema de ensino, de que são os principais responsáveis.

Num momento em que o modelo neo-liberal revela a sua perversidade e o
cortejo de vítimas engrossa a cada dia que passa, só há um caminho a
seguir: continuar, isto é, agudizar a luta.

A luta da classe docente deve ser claramente explicada à sociedade. A
perseguição aos professores promovida por José Sócrates consta do
manual do neo-liberalismo, que pretende transformar as escolas em
empresas e armazéns de crianças e jovens, preparar a sua privatização,
em suma, fracturar a escola em alunos e professores de primeira e de
segunda categoria. A perseguição aos professores, o autoritarismo do
ministério e a imposição de directores (autênticos comissários
políticos PS/PSD na generalidade das escolas) visa destruir o carácter
público e democrático das escolas, bem como impor os valores da
cartilha neoliberal: a competição contra a cooperação, o
individualismo, a discriminação, os cortes orçamentais, o aumento de
alunos por turma, a precarização dos postos de trabalho do pessoal das
escolas, o drástico abaixamento de salários - tudo características do
modelo da escola-empresa defendido pelos ideólogos neo-conservadores
da 5 de Outubro.

Abril e Maio apresentam-se assim como o tempo ideal para retomar a
unidade e a solidariedade entre quem entregou o papel dos “objectivos
individuais” e quem resistiu a entregar.

Lembram-se das duas manifestações que encheram as ruas da capital, em
Março e Novembro? E do pânico do governo? E do desmascaramento da
equipa ministerial?

Não é por andarem escondidos que nos esquecemos deles. Conhecemos o
caminho para os confrontar de novo com a sua hipocrisia e falso
humanismo.

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