sexta-feira, 4 de julho de 2008

OS AÇORES SÃO OUTRO PAÍS

Lembram-se daquela saída da Sra Ministra que disse que os Açores não faziam parte de Portugal?Houve (não "houveram", como diz a Sra Ministra) quem dissesse ter-se tratado de uma "gaffe", outros foram mais longe e utilizaram palavras para clarificar que mais não era do que ignorância; outros, ainda, mais loquazes, preferiram chamar-lhe "dislate". Poderíamos, até, ficar-nos pelo seu "lapso", provalvelmente devido ao nervosismo de quem sabe muito bem como irá tramar os professores e destruir a Educação.Ninguém quis acreditar que, talvez, a Sra Ministra soubesse muito bem o que estava a dizer. Pelos vistos...
Outra dúvida tem que ver com o papel, a força e a capacidade dos nossos sindicatos.
Já em 5 de Maio, sob o título VALE A PENA LUTAR, fizemos uma chamada de atenção para o facto subjacente ao comunicado que, de seguida, se disponibiliza:
ALRA APROVA RECUPERAÇÃO DO TEMPO DE SERVIÇO CONGELADO
Comunicado em formato pdf
Nas Assembleias Legislativas Regionais dos Açores e da Madeira, foram, ontem, dia 18/06/08, votadas as Propostas de Decreto Legislativo que consagravam a recuperação do tempo de serviço congelado, de 30 de Agosto de 2005 a 31 de Dezembro de 2007.O Sindicato dos Professores da Região Açores congratula-se com mais esta importante conquista para os Professores e Educadores que trabalham nos Açores, por ter sido a primeira Região do país a conseguir a recuperação integral do tempo de serviço congelado, para efeitos de progressão, tal como foi negociada com o SPRA, apesar de ser em duas fases.O SPRA bem diligenciou para que a recuperação fosse feita com base na estrutura da carreira antiga e de uma só vez, só que foi logo confrontado pelo Governo com a questão de que se queria beneficiar do lado mais positivo do diploma concedido a outros funcionários, também, por razões de justiça e equidade, tinha que aceitar o lado negativo das quotas a que estão sujeitos.Como negociar também implica concessões de ambas as partes, porque quem não consegue negociar é que pode pensar que é possível impor a vontade de apenas um dos lados, e como não aceitámos a introdução das quotas no processo de avaliação, por ter sido uma das grandes conquistas dos docentes na Região, a par da salvaguarda da carreira única, não foi possível impedir a repartição do tempo a recuperar, por alegadas razões orçamentais, ou seja, 14 meses à data da publicação do diploma e os outros 14 meses em 1 de Setembro de 2009. É verdade que esta conquista era um direito nosso, mas também é verdade que só com a persistência do SPRA foi possível recuperá-lo tão cedo, sendo motivo de admiração e orgulho dos nossos colegas em todo o país.Dizer que aquilo que se consegue é pouco não é virtude, virtude é conseguir aquilo que os outros ainda não conseguiram.O Sindicato dos Professores da Região Açores não se rege pelo princípio do " p profissional.

Ponta Delgada, 19 de Junho de 2008
A Direcção do SPRA

Publicada por ILÍDIO TRINDADE

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