Como José Sócrates enganou a OCDE, ou: afinal este Sócrates também é grego
Ver um burlão burlado não é coisa que cause piedade ou terror. A OCDE pode fazer as avaliações que quiser pelos critérios que entender; o que não pode é fazer passar por técnicos critérios que são políticos - por mais rotineira que esta burla se tenha tornado em todos os debates, a começar pelo económico. escrevi sobre isto na mensagem anterior: é tempo de passar adiante.
José Sócrates usou de vários truques para falsear os resultados do do relatório PISA. Sobre alguns deles, já não preciso de escrever: Octávio V. Gonçalves desmontou-os no seu blogue melhor do que eu o faria. Mas quero fazer referência a mais um: varrer o lixo para debaixo do tapete. Conseguiu isto criando um ghetto - os CEF - onde escondeu os piores alunos, de modo a que no ensino geral os "piores" de 2009 correspondessem aos médios de 2006. Brilhante, não é?
Só não sei se a OCDE se deixou enganar voluntária ou involuntariamente. Nem isto interessa muito: como comecei por escrever, o espectáculo do burlão burlado não impressiona ninguém.
Publicado por José Luiz Sarmento
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