quarta-feira, 30 de setembro de 2009

E agora Professores?

Sócrates vai ter que negociar muito sobre muitas coisas. E no jogo das trocas, a Educação será sempre um elo fraco.
O que em tão pouco tempo já se disse e escreveu sobre quem ganhou ou perdeu as eleições merece reflexão e ajuda-nos a perceber que avaliar nunca passa de um acto subjectivo e que o interesse das análises que foram feitas ficaria drasticamente empobrecido se os analistas se vissem aprisionados numa redutora grelha burocrática, de parâmetros estereotipados, definida por um qualquer politólogo titular. Mais do que eleger uma lógica de análise e uma verdade, importa analisar cada uma das lógicas e cada uma das verdades.
O PS perdeu meio milhão de votos, a maioria absoluta e 24 deputados. Não é legítimo apontá-lo como derrotado? Mas o PS ganhou as eleições, teve o maior número de votos expressos e elegeu o maior número de deputados. Não é legítimo apontá-lo como vencedor?O Bloco de Esquerda, ao duplicar o número de deputados, não tem legitimidade para se sentir vencedor? Mas não é derrota relativa ter sido ultrapassado pelo CDS, que é agora a terceira força política com representação parlamentar?A campanha desastrosa que fez, o programa sem rasgo que propôs, as trapalhadas em que se envolveu e o resultado medíocre obtido não fizeram do PSD o grande perdedor deste acto eleitoral? E se alguém quiser dizer, por referência aos resultados de 2005, que o PSD aumentou a votação conseguida?Que dizer da CDU? Também subiu e por isso pode falar de vitória. Mas não é derrota amarga ter sido ultrapassada pelo Bloco de Esquerda e pelo CDS?Que pensar dos que afirmam que o eleitorado votou inequivocamente à esquerda, quando são os mesmos (e em minha opinião com razão) que passaram quatro anos e meio a apodar de direita as políticas impostas por este PS, agora, dizem eles, de esquerda?Deste exercício dicotómico escapa-se o CDS, o grande vencedor destas eleições. Não descortino em que possamos encontrar-lhe sinais de derrota.Outra vencedora, triste vencedora para quem viveu quase meio século a lutar para que um dia pudesse votar livremente no seu país, foi a abstenção. Houve 3 milhões 678 mil e 536 cidadãos eleitores que se alhearam desse dever cívico. Os 36,56 por cento do PS passam para 21,75 por cento, se referidos ao número total de eleitores. É um número que merece reflexão. Em rigor, o PS foi escolhido apenas por 21,75 por cento dos portugueses com direito a voto. Não será esta uma derrota pesada da democracia?A próxima legislatura nada terá de semelhante à anterior. A Assembleia da República ganhou protagonismo e as forças partidárias que a compõem ganharam particulares responsabilidades e capacidade de influenciarem a definição das políticas. Há quem recorde, com pertinência que compreendo, o compromisso assumido pela generalidade dos partidos que se opuseram ao PS e agora têm poder acrescido. Mas a pré-campanha, a campanha em si e os debates televisivos foram muito significativos quanto ao valor real dos compromissos na índole dos políticos que temos. O valor que atribuem à Educação é meramente circunstancial. Nada resiste para além da efemeridade de um discurso (e de um compromisso) de circunstância. A urgência de resolução dos milhentos problemas que tornam a vida nas escolas num inferno, e que estão longe de ser os mais importantes de um sistema de ensino sério, dependeria muito mais dos novos inquilinos da 5 de Outubro que de compromissos e programas. Mas com este resultado, a visão estalinista que orientou a Educação nacional não vai mudar. Vai apenas adoçar-se com protagonistas presumivelmente mais delicados, que continuarão a senda de transformação de cada professor num simples funcionário que ensine pouco, preencha cada vez mais papéis, relatórios e fichas, registos de toda a espécie, grelhas, actas e matrizes programadoras de todos os comportamentos, projectos e planos educativos, individuais ou de grupo. Com este resultado, os professores portugueses também não escapam à dicotomia dos resultados: ganharam, tendo perdido.E agora?Vamos entrar em jogos complexos que se arrastarão no tempo. Ao desanuviamento antecipável não vão corresponder soluções céleres. O PS perdeu a maioria absoluta mas os professores não se livraram de Sócrates que, agora delicadamente, continuará a querer vergá-los.Porque a maioria absoluta se foi, a divisão da carreira não desaparecerá facilmente, muito menos a razão de cariz económico (entretanto reforçada com um défice maior que o de 2005) que determinou as quotas. Porque o PS ganhou, Sócrates vai persistir nesta gestão das escolas e nesta avaliação do desempenho, que classificou de instrumentos centrais das suas políticas. Porque Sócrates perdeu a maioria absoluta, Sócrates não pode perder outras coisas. Não pode perder, por exemplo, o sucesso estatístico que fabricou. Não pode, por isso, abrir mão de tudo o que promova resultados sem saber. Não abrirá mão do estatuto do aluno e da indigência que promove, na qual se inscreve a farsa do ensino profissional. A precariedade imposta ao exercício da profissão docente e a sistemática retirada de direitos aos professores não foram meros instrumentos conjunturais. Foram, outrossim, pilares de uma política que será excluída, liminarmente, do pacote de cedências para consumo parlamentar, que o PS estará já a preparar.Sócrates vai ter que negociar muito sobre muitas coisas. A Oposição não lhe pode impor tudo. E no jogo das trocas, a Educação será sempre um elo fraco. Excepto para ele que deu, pessoalmente, demasiado a cara pelas desastrosas reformas feitas.
* Professor do ensino superior.s.castilho@netcabo.pt
In jornal Público (30-09-09)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A luta vai recomeçar...

Olá Colegas!

Não podia estar mais desiludida com o povo português, que quanto mais lhe batem, mais gostam de levar porrada!

A noite de eleições legislativas fica marcada por dois momentos:

1º o PS perdeu a maioria absoluta, mas eu queria era que ele perdesse absolutamente!
2º Foi o Louçã louvar os professores e a luta que travaram acabando por tirar a MLR do ME. Veremos quem será o próximo ministro da educação.

Um abraço solidário.

A luta vai recomeçar...

domingo, 27 de setembro de 2009

Eleições legislativas 2009

A desgraça aconteceu!
PS ganhou ainda que sem maioria absoluta. Estou profundamente desiludida com este povo!

sábado, 26 de setembro de 2009

OS PROFESSORES NÃO PODEM ESQUECER!

Leiam e não esqueçam!!!

O Ensino no Governo Socialista
Santana Castilho

Nos aniversários dão-se parabéns e prendas. O sujeito fez anos. Anos à frente de um governo que se tem encarniçado a destruir a Escola Pública. Talvez preferisse um fatito Hugo Boss, mas dou-lhe tão só uma caixinha de recordações, embrulhada em papel negro de desdita.
Recordo-lhe que em 4 anos de actividade produziu diplomas que envergonham aquisições mínimas do nosso sistema de ensino. O estatuto da carreira docente, a avaliação do desempenho dos professores, a gestão das escolas e o estatuto do aluno são apenas as pérolas. Mas a lista alonga.
Recordo-lhe que a coberto de uma rede propagandística que tornaria Goebels num aprendiz, cortou, vergou, denegriu e fechou como um obcecado pelo extermínio. Recordo-lhe que desertificou meticulosamente o interior. Recordo-lhe que congelou salários, burocratizou até ao insuportável e escravizou com trabalho inútil. Recordo-lhe que manipulou estatísticas, mentiu e abandalhou o ensino, na ânsia de diminuir o insucesso a qualquer preço. Recordo-lhe que chamou profissional a uma espécie de ensino cuja missão era reter na escola, de qualquer jeito, os jovens que a abandonavam precocemente. Recordo-lhe que abandonou centenas de alunos com necessidades educativas especiais. Recordo-lhe que contratou crianças para promover produtos inúteis e aliciou pais com a mistificação da escola a tempo inteiro. Recordo-lhe que foi desumano com professores nas vascas da morte e usou e deitou fora milhares doutros, doentes, depois de garantir que não o faria. Recordo-lhe que, com o concurso de titulares, promoveu a maior iniquidade de que guardo memória. Recordo-lhe que enganou miseravelmente os jovens candidatos a professores e humilhou as instituições de ensino superior com a prova de acesso à profissão. Recordo-lhe que desrespeitou leis fundamentais do paí­s e, com grande despudor polí­tico, passou sem mossa por sucessivas condenações em tribunais. Recordo-lhe que desrespeitou continuadamente a negociação sindical e fez da imposição norma. Recordo-lhe que reduziu a metade os gastos com a Educação e aumentou para o dobro a distância que nos separava da Europa. Recordo-lhe que perseguiu, chamou a polí­cia e incitou e premiou a bufaria. Recordo-lhe que os professores portugueses não o vão esquecer.

OS PROFESSORES PORTUGUESES NÃO PODEM ESQUECER!

Retirado do Blogue Pé-ante-Pé

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O final do texto de António Barreto

Tristes Sinais

"(...)Há quem diga que o vamos ter durante mais
uns anos. É possível. Mas não é boa notícia. É sinal da
impotência da oposição. De incompetência da sociedade.
De fraqueza das organizações. E da falta de
carinho dos portugueses pela liberdade. "

Repondo a verdade que Edite Estrela mascarou indecentemente

O PS não se dedica à maledicência, mas Edite Estrela mente descaradamente em Bragança
Eis o Despacho que impôs a lei da rolha (ao professor Charrua este PS aplicou-lhe a lei do "saca-rolhas", isto é sanearam-no do lugar que ocupava na DREN) e que, de forma mentirosa e manipulatória, Edite Estrela imputou à ministra da Educação Manuela Ferreira Leite.Atente-se no documento devidamente assinado pela então ministra da Educação "António Fernando Couto dos Santos".Afirmações de Edite Estrela (citadas do Público online):"Aí, sim, é que havia asfixia democrática”, afirmou Edite Estrela, aludindo ao despacho conhecido por “lei da rolha", assinado pelo ministro adjunto Couto dos Santos quando Ferreira Leite tutelava a pasta da Educação no último Governo de Cavaco Silva.É este o rigor histórico e a decência que suporta a declaração de um elemento destacado do PS desesperado com a força que os professores representam nos distritos de Bragança e de Vila Real, procurando travar o voto útil no PSD.
Pela mentira, o PS também não vai lá, porque os professores são lúcidos, têm memória e não esquecem nem desculpam a maior afronta e desrespeito a que alguma vez foram sujeitos na história da democracia portuguesa. E isto aconteceu, exactamente, com Sócrates, Maria de Lurdes Rodrigues, Valter Lemos, Jorge Pedreira, Margarida Moreira e outros que tais.

Publicada por Octávio V Gonçalves

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Começou a dos 700.000 funcionários públicos contra o PS

Assim chegará aos 700 000 funcionários públicos, que deixaram de o ser desde 1 de Janeiro de 2009 com a Lei 12-A.

Sr. Primeiro Ministro

É verdade, se o PS não tivesse a maioria absoluta, o Governo nunca teria tido a coragem de insultar publicamente os funcionários públicos, de fazer tudo para colocar a população contra eles, de alterar os direitos adquiridos para a aposentação, nem de aprovar o novo regime de Vínculos, Carreiras e Remunerações que acaba com as carreiras, as garantias que tínhamos e os direitos adquiridos que tínhamos, que é um insulto a quem presta tão nobre serviço ao País.

Não tinha procedido a despedimentos, para de seguida contratar novos colegas, com quem simpatiza mais.

Não tinha criado o SIADAP desta forma, para promover e contemplar quem dá graxa aos chefes, e impedido a carreira a quase todos os funcionários. Não chega uma vida inteira para chegar ao meio da carreira em muitas situações. Não é por acaso que a maioria dos "excelentes", ou são secretárias, ou são motoristas...

Não tinha criado um sistema de escolha dos dirigentes que fazem o que lhe interessa, podendo até serem de fora do sistema, acabando com os concursos e com as oportunidades para os que são já funcionários públicos experientes e reconhecidos.

Não tinha acabado com os Gabinetes Técnicos dos Ministérios, deixando a assessoria técnica a empresas de consultadoria e associando empresas de auditoria a funções inspectivas e de controlo, para que as primeiras digam sempre que sim e as segundas afirmem sempre que está tudo bem.

Não tinha transformado as polícias em caçadoras de infracções, dando-lhes como objectivo MULTAR em vez de FISCALIZAR.

NÃO TINHA DESTRUÍDO A FUNÇÃO PÚBLICA, DEIXANDO O VAZIO, POIS ATÉ NEM SABE O QUE É ESTA NOBRE FUNÇÃO DE SERVIR TODOS, INDEPENDENTE DAS RAÇAS, SITUAÇÃO SOCIAL, OPÇÃO POLÍTICA E ASCENDÊNCIA FAMILIAR.

As maiorias absolutas só favorecem os poderosos; as classes trabalhadoras saem sempre a perder. É fácil para quem tem vencimentos chorudos (muitas vezes provindos de várias fontes) vir à televisão exigir que apertemos o cinto... Claro!...

Já dizia Max Weber que todo o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente...

Chegou o momento de ajustar contas com o Partido de Sócrates (PS)! Se este partido tivesse menos de 1% dos votos expressos nas últimas eleições, não teria a maioria absoluta e nunca teria tido a coragem de promover todas estas enormes afrontas. Somos 700.000, o equivalente a 14% dos votos nacionais expressos. Se nas próximas eleições legislativas, grande parte dos funcionários votar em massa em todas as forçs políticas, excepto no PS, este partido não só deixará de ter a maioria, como perderá as próximas eleições!!!

Será a oportunidade soberana de devolver ao Sr. Sócrates as amêndoas amargas que ofereceu aos funcionários públicos!!!

Colegas, quem foi capaz de aguentar a perseguição, a desmotivação, a perda de horizontes para a sua vida, o sentir que pode ser despedido a qualquer momento com os mapas anuais de pessoal, também consegue nas próximas legislativas dirigir-se à sua assembleia de voto e votar a derrota do PS. Em Portugal, há partidos para todos os gostos, quer à direita quer à esquerda do PS; é só escolher.

Maiorias absolutas, nunca mais!!!

Os funcionários públicos, para além de terem a capacidade de retirarem a maioria ao PS, têm a capacidade de o humilhar. Basta para isso que convençam metade dos maridos ou mulheres, metade dos seus filhos maiores, metade dos seus pais e um vizinho a não votar PS, e já são mais de 1.000.000. Os Funcionários Públicos deverão estar unidos; esta união deverá ser para continuar, e têm uma ferramenta poderosa ao seu alcance, a Internet, que nos põe em contacto permanente uns com os outros.

Façamos contas:

Se esta mensagem vai ser enviada a 10 colegas.
Se cada um dos colegas enviar a mais 10 dá 100.
Se estes enviarem a mais 10 dá 1.000.
Se estes enviarem a mais 10 dá 10.000.
Se estes enviarem a mais 10 dá 100.000.
Se estes enviarem a mais 10 dá 1.000.000.

Assim se vê a nossa força!!!

Não a menosprezes.

Usa-a.

Se não estarás cada vez pior como tens visto, sem esperares nenhuma alteração à situação que te foi criada. Rapidamente todos os colegas e seus familiares ficarão a saber a informação que ela contém e a sua força.

O TEU FUTURO SÓ DEPENDE DE TI.

ESTÁ NAS TUAS MÃOS.

O FUTURO DE PORTUGAL DEPENDE DE TI.

domingo, 20 de setembro de 2009

CRIAÇÃO DE UMA ORDEM DE PROFESSORES

JOSÉ LUIZ SARMENTO disse...

Pôr o problema nestes termos é explorar terreno novo orientado por mapas velhos. Os sindicatos de professores são imprescindíveis, e tenho tudo a favor de que sejam o mais independentes possível dos partidos político. A ordem dos professores já devia estar feita há muito tempo: há décadas que me bato por ela e enquanto for professor não desistirei.

Mas tanto a ordem como os sindicatos são necessariamente organizações pesadas e formais. A vantagem estratégica que os movimentos tais como são têm para os professores está na sua leveza, agilidade e capacidade de detectar em tempo útil os consensos - por vezes contraditórios entre si - que se vão formando no terreno.

São uma forma nova de organização, produto da sociedade de informação e dependentes dela para sobreviver. Na sua relativa desorganização está a sua força. Não podem negociar, como os sindicatos, nem regular a profissão dos pontos de vista científico e deontológico, como poderia uma ordem*. Mas podem influenciar a agenda das organizações mais formais e mais pesadas, contribuindo decisivamente para pôr em cima da mesa as questões que verdadeiramente preocupam os professores.

Se os movimentos existentes se integrassem em estruturas mais convencionais, o resultado é que depressa surgiriam outros movimentos grassroots em sua substituição.
A tripeça tem que ter três pernas. Os sindicatos são, cronologicamente, a primeira. Os movimentos são a segunda. Falta a terceira, que é a ordem; não faria sentido cortar uma perna à tripeça para instalar outra.

Por José Luiz Sarmento

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Encontro entre PROmova e candidatos do PSD por Vila Real


COMPROMISSO EDUCAÇÃO: importante e esclarecedor o Encontro entre os candidatos a deputados do PSD por Vila Real e o PROmova
O Movimento PROmova participou, ontem, no Encontro com Professores de Vila Real realizado pela lista de candidatura do PSD pelo distrito de Vila Real à Assembleia da República, encabeçada pelo Dr. António Montalvão Machado.Foram debatidas as políticas educativas deste governo, os problemas que afectam os professores e as propostas/compromissos do PSD e dos deputados que venham a ser eleitos por Vila Real.O PROmova reputa de relevantíssimos e esclarecedores para os professores os compromissos assumidos pelo cabeça-de-lista, Dr. Montalvão Machado, em nome não apenas dos deputados do círculo de Vila Real, mas do próprio PSD e que são os seguintes:
1) aposta na valorização da autoridade e do prestígio dos professores;
2) revogação imediata da divisão da carreira entre titulares e professores, pois além das arbitrariedades e injustiças que caracterizaram esse processo, o mesmo traduziu-se numa medida que “desrespeitou e desprestigiou os professores, criando professores de 1ª e professores de 2ª com evidentes reflexos negativos na percepção dos alunos” (sic, Dr. Montalvão Machado);
3) suspensão imediata do actual modelo de avaliação e abertura de um processo negocial para a definição de um modelo aceite pelos professores;
4) recondução do estatuto do aluno à valorização da assiduidade, da disciplina e do civismo;
5) dever de os deputados do PSD desencadearem, na Assembleia da República, as iniciativas legislativas consonantes com aquilo que são as traves mestras do programa eleitoral do PSD, leia-se, neste contexto específico, fim da divisão da carreira e deste modelo de avaliação;
6) afirmação de um espírito de abertura e de diálogo com as estruturas representativas dos professores, incluindo os movimentos independentes, cujo papel decisivo na contestação às políticas educativas de Sócrates é reconhecido pelo PSD.
Torna-se importante confirmar, nos próximos dias, se os restantes partidos da oposição estão na disposição de acompanhar o PSD, na Assembleia da República, relativamente às iniciativas legislativas tendentes a pôr fim à divisão da carreira entre titulares e professores e ao actual modelo de avaliação, isto para a eventualidade de o PS ganhar as eleições legislativas, cenário que os professores tudo farão para evitar que venha a ocorrer.
Face aos distintos cenários eleitorais que estão em cima da mesa, o COMPROMISSO EDUCAÇÃO está em condições de assegurar (se os restantes partidos da oposição se mantiverem fiéis às suas posições, como é expectável) que ainda durante o 1º período lectivo os professores verão a divisão da carreira revogada e o modelo de avaliação do desempenho suspenso.
Octávio V Gonçalves
(NEP e NBlogger)

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

CARTAZ DA MANIFESTAÇÃO DO PROTESTO DE DIA 19


Clica na imagem para ampliar.
Copia o cartaz e afixa-o na sala de professores da tua escola.
A luta faz-se com todos. Não podemos adormecer agora!

Publicada por APEDE

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Protesto dia 19 de Setembro


A Escola do Presente apela à participação dos professores e professoras nas acções de protesto do próximo dia 19 de Setembro, em Lisboa.A defesa da escola pública inclusiva e dos direitos dos professores exigem que mantenhamos viva uma luta que é de toda a sociedade.

Numa altura em que se fazem escolhas determinantes para o futuro do país, não há razões para que os professores fiquem em casa e se limitem a esperar.

Assim, a Escola do Presente soldiariza-se com a acção convocada pela APEDE, MUP e PROmova e juntamos forças neste protesto.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

UMA GUERRA QUE TERÁ EFEITOS BREVEMENTE

"Guerra" com professores condenada pela OposiçãoDebate PS acusado de "desprestigiar" e "punir" classe, da Direita à EsquerdaO PS foi bombardeado com críticas quanto à "guerra" com os professores, da Esquerda à Direita, no debate sobre a educação promovido pelo JN, ontem, terça-feira, na Quinta das Lágrimas, em Coimbra. Mas manteve-se firme.

"Temos de pôr fim a esta novela. O modelo de avaliação só serve para castigar os professores. Temos de terminar com este clima de guerra. Fazer a avaliação dos professores, mas não através destes sistema, absolutamente kafkiano, que não serve para nada". As palavras de Ana Drago, do Bloco de Esquerda, não estão muito distantes do pensamento veiculado pelos demais partidos da Oposição, num debate em que também se falou muito de "facilitismo" e abandono escolar.

Todavia, o "ataque aos professores" - na expressão de João Oliveira, da CDU - esteve quase sempre no centro da discussão, com docentes a manifestarem, inclusivamente, o seu descontentamento a partir da plateia. Os representantes do Bloco, da CDU, do CDS e do PSD foram unânimes ao considerar o modelo de avaliação proposto pelo Governo uma forma de "desprestigiar" e "punir" estes profissionais. Aliás, de acordo com João Oliveira, "os professores estão tão desmotivados que preferem aposentar-se, mesmo com penalizações nas reformas".

A intervenção de Pedro Mota Soares, do CDS-PP, começou logo com a crítica ao "clima de perseguição, de diminuição da autoridade dos professores na escola e na sociedade que caracterizou a actuação do Ministério da Educação (ME) nos últimos quatro anos e meio". "Tivemos leis a mais, polémicas a mais, e resultados a menos", defendeu o responsável político, sugerindo um "sistema de avaliação justo e global", que analisasse outros aspectos. Os manuais escolares, por exemplo.

O social-democrata Pedro Duarte, por seu lado, condenou o ambiente de "guerrilha" e de "falta de tranquilidade" nas escolas. Mais adiante, pediu a suspensão imediata do polémico modelo de avaliação, frisando que, para partir para um novo, "não temos de inventar a roda". Melhor explicado: "Basta olhar para as boas práticas internacionais. Facilmente, em diálogo com os professores, construímos um modelo de avaliação que seja um elemento de melhoria e de motivação".

A socialista Manuela Melo não cedeu perante as investidas da Oposição. "Há princípios de que o PS não abdica", referiu. Como "ter consequências" ("Não há uma situação de avaliação que possa não ser formativa"), ou "premiar o mérito". Destacou, ainda, que o processo de avaliação já sofreu alterações", fruto do "debate constante" com as estruturas representativas dos docentes. "A avaliação dos professores será feita [com base] nos mesmos princípios, com adaptações, e penso que os próprios professores não o contestam", rematou.

Manuela Melo preferiu centrar-se noutros aspectos da governação socialista, no que à educação diz respeito. A saber: a permanência de mais alunos nas escolas, por via da obrigatoriedade do ensino; a "diversificação dos currículos escolares"; o esforço enorme" no sentido de requalificar um parque escolar que "estava muito degradado". O programa Novas Oportunidades foi outra bandeira erguida alto. "Ganhou muitos pais para a ideia de que a escola é fundamental", sustentou.

Pedro Duarte foi das vozes mais críticas do alegado "facilitismo" na educação: "É saudável que haja alunos a passar com nove negativas em 14 disciplinas?". "A palavra 'facilitismo' surgiu no discurso político quando os resultados começaram a aparecer", respondeu Manuela Melo.
Os professores presentes é que não pareceram satisfeitos com o cenário actual, nas escolas. António Monteiro, por exemplo, criticou a "indisciplina" reinante, as aulas de 90 minutos e as de substituição. "É uma escravatura terrível", lamentou.

In Jornal de Notícias.

Publicada por ILÍDIO TRINDADE

Política: Marketing e Verdade



Alguns políticos da nossa praça utilizam o marketing político de uma forma profissional.
Refiro-me, em particular, a José Sócrates, a Paulo Portas e a Francisco Louçã.
Todos falam bem, mesmo muito bem, todos eles fazem números políticos muito bem montados, todos se apresentam de forma muito cuidada e adaptada a cada ocasião (quem não tem presente os fatos Armani de Sócrates, a indumentária de Portas quando este visitava lavradores ou as camisas sem colarinho de Louçã, muito in e simultaneamente com um quê de contestatárias…).
Quanto ao comportamento político de cada um deles, sendo diferentes, convergem na utilização de apuradas estratégias de marketing.
José Sócrates, ao longo de 4 anos multiplicou as cerimónias de “encher o olho” quando anunciava projectos para anos depois (lembro-me da cerimónia do lançamento do Hospital do Algarve, previsto para 2013, na qual, em 2008 foram torrados 50 mil euros numa hora de festa!); diabolizou classes profissionais (principalmente juízes e professores) com o objectivo de as domesticar, ataca cirurgicamente adversários políticos a fim de os encostar às cordas, colando-os a ideias tão feitas quanto falsas (ex.: "o PSD quer privatizar a Segurança Social"); construiu em seu redor uma equipa altamente profissional de gestão política; desenvolveu uma estratégia de influência sobre a comunicação social como não há memória em Portugal desde 1976.
Paulo Portas, ideologicamente foi oscilando entre democracia-cristã, conservadorismo, liberalismo, algum populismo, por vezes mesmo centrismo. Adora sound bites, sabe escolher temas fortes (segurança, agricultura, combate ao rendimento social de inserção, etc.) para ancorar o seu partido (pouco enraizado na sociedade portuguesa) em nichos de mercado determinados, mais ou menos sugestionáveis.
Quanto a Louçã, o dominicano vermelho (sim porque franciscano nunca foi e jesuíta não pode ser considerado desde que revelou a sua sanha nacionalizadora e o seu ódio à burguesia), gere magistralmente a sua mensagem. Diz-se democrata mas é marxista, parece tolerante mas anseia esmagar as classes médias, excrescência entre o Capital e o proletariado; metralha a sociedade com temas ditos fracturantes (liberalização das drogas, casamento gay, eutanásia, etc.), ao mesmo tempo que a ataca nos seus alicerces mais profundos (família, casamento, etc.).
Sócrates, Portas e Louçã são três políticos profissionais, que conhecem bem os desejos e frustrações dos eleitores e que recorrem às mais elaboradas técnicas de marketing e ilusão política para angariar o seu voto.
Nos antípodas, Manuela Ferreira Leite é acusada de não fazer marketing, de não saber fazer números, de não saber ou querer fomentar ilusões, enfim, de não ser uma política moderna.
Já Jerónimo de Sousa, outro político que não percebe de marketing, está preso às quimeras do comunismo estalinista que o PCP finge esquecer (e aqui há marketing...) mas que nunca ousou renegar.
Entre uns e outros o Povo Português vai ter de escolher no próximo dia 27 de Setembro.
Vai escolher entre ilusão e realidade, marketing e verdade, oratória e simplicidade, aparência e autenticidade, forma e substância.
Oxalá saiba escolher bem, apesar de todas as fabulações que alguns procuram construir.


Publicado por Rui Crull Tabosa

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Na comunicação social o que parece é!

Não se pode dizer que de Espanha nem boa brisa nem boa Prisa, porque o clima para este monumental acto censório é da exclusiva responsabilidade de José Sócrates.35 anos depois da ditadura, digam lá o que disserem, não volta a haver o Jornal de Sexta da TVI e os seus responsáveis foram afastados à força.No fim da legislatura, em plena campanha eleitoral, conseguiram acabar com um bloco noticioso que divulgou peças fundamentais do processo Freeport.Sem o jornalismo da TVI não se tinha sabido do DVD de Charles Smith, nem do papel de "O Gordo" que é (também) primo de José Sócrates e que a Judiciária fotografou a sair de um balcão do BES com uma mala, depois de uma avultada verba ter sido disponibilizada pelos homens de Londres.Sem a pressão pública criada pela TVI o DVD não teria sido incluído na investigação da Procuradoria-geral da República porque Cândida Almeida, que coordena o processo, "não quer saber" do seu conteúdo e o Procurador-geral "está farto do Freeport até aos olhos".Com tais responsáveis pela Acção Penal, só resta à sociedade confiar na denúncia pública garantida pela liberdade de expressão que está agora comprometida com o silenciamento da fonte que mais se distinguiu na divulgação de pormenores importantes.É preciso ter a consciência de que, provavelmente, sem a TVI, não haveria conclusões do caso. Não as houve durante os anos em que simulacros de investigação e delongas judiciais de tacticismo jurídico-formal garantiram prolongada impunidade aos suspeitos.A carta fora do baralho manipulador foi a TVI, que semanalmente imprimiu um ritmo noticioso seguido por quase toda a comunicação social em Portugal. Argumenta-se agora que o estilo do noticiário era incómodo. O que tem que se ter em conta é que os temas que tratou são críticos para o país e não há maneira suave de os relatar.O regime que José Sócrates capturou com uma poderosa máquina de relações públicas tentou tudo para silenciar a incómoda fonte de perturbação que semanalmente denunciou a estranha agenda de despachos do seu Ministério do Ambiente, as singularidades do seu curriculum académico e as peculiaridades dos seus invulgares negócios imobiliários.Fragilizado pelas denúncias, Sócrates levou o tema ao Congresso do seu partido desferindo um despropositado ataque público aos órgãos de comunicação que o investigam, causando, pelos termos e tom usados, forte embaraço a muitos dos seus camaradas.Os impropérios de Sócrates lançados frente a convidados estrangeiros no Congresso internacionalizaram a imagem do desrespeito que o Chefe do Governo português tem pela liberdade de expressão.O caso, pela sua mão, passou de nacional a Ibérico. Em pleno período eleitoral, a Ibérica Prisa, ignorante do significado que para este país independente tem a liberdade de expressão, decidiu eliminar o foco de desconforto e transtorno estratégico do candidato socialista.É indiferente se agiu por conta própria ou se foi sensível às muitas mensagens de vociferado desagrado que Sócrates foi enviando. Não interessa nada que de Espanha não venha nem boa brisa nem boa Prisa porque a criação do clima para este monumental acto censório é da exclusiva responsabilidade do próprio Sócrates. É indiferente se a censura o favorece ou prejudica. O importante é ter em mente que, quem actua assim, não pode estar à frente de um país livre. Para Angola, Chile ou Líbia está bem. Para Portugal não serve.
In JN, 97/09/2009
Publicada por Octávio V Gonçalves

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

COMUNICADO CONJUNTO DO MUP, APEDE E PROMOVA


Na passada 4ª feira, dia 2 de Setembro, os Movimentos Independentes de Professores, APEDE, MUP e PROMOVA, e outros activistas que se têm envolvido neste processo de luta, estiveram reunidos para debaterem e tomarem uma posição conjunta sobre as iniciativas de luta a desenvolver no mês de Setembro. Do debate realizado, e após uma reflexão e troca de ideias conjuntas que teve como preocupação fundamental a manutenção da matriz essencial dos Movimentos de Professores, que é a sua independência, e a ponderação de diversos outros factores (aspectos de logística, mobilização, etc.) resultou a decisão, que agora se anuncia, da realização de uma MANIFESTAÇÃO DE PROTESTO DOS PROFESSORES, que irá decorrer, em simultâneo, em três locais distintos (Assembleia da República, Ministério da Educação e Palácio de Belém), no dia 19 de Setembro, às 15:00 horas, para que, de uma forma simbólica, articulada e original, os professores possam manifestar o seu veemente repúdio pelas políticas educativas em curso, deixando muito clara a sua disposição para continuarem a luta, caso o futuro governo, seja ele qual for, não concretizar as mudanças que temos vindo a exigir, constantes no "COMPROMISSO EDUCAÇÃO". Os detalhes organizativos e de pormenor sobre a concretização destas iniciativas serão comunicados em breve.Apelamos a todos os colegas para que divulguem e participem activamente nesta jornada de luta, no dia 19 de Setembro, que mostrará, uma vez mais, que os professores têm memória, não desmobilizam e continuam decididos e firmemente empenhados na sua luta cívica em defesa da Escola Pública e de um Ensino de qualidade.APEDE (Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino)MUP (Movimento para a Mobilização e Unidade dos Professores)PROMOVA (Professores Movimento de Valorização)
Publicada por ILÍDIO TRINDADE

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Vigília pela liberdade de imprensa


Quem puder, participe na Vigília pela Liberdade de Imprensa, amanhã, sexta-feira, 4-9-2009, pelas 20 horas, em frente da TVI, na Rua Mário Castelhano, n.º 40, Queluz de Baixo. E divulgue a inicitiva nos blogues, redes sociais e e-mail.A decisão, de hoje, 3-9-2009, da administração da Media Capital/TVI de cancelar o “Jornal Nacional de Sexta” da TVI, dirigido por Manuela Moura Guedes, justifica novamente a campanha de solidariedade com a informação da TVI, que aqui, e no Facebook, lançámos no final de Maio. Esta decisão, na véspera das eleições legislativas, cumula uma política de controlo dos media e de perseguição da liberdade de expressão pelo Governo do Partido Socialista, que definiu como adversário último a independência editorial da TVI, tentou a sua compra pela estatal PT, movimentou-se para a alteração da estrutura accionista, expulsou o director-geral José Eduardo Moniz, influencia a restrição sobre as notícias da estação sobre Sócrates, e, agora, elimina o Jornal Nacional de Sexta, motivando a demissão dos seus directores e o repúdio da redacção.É altura de resistir e conjurar a resistência face à domesticação da informação e perseguição das liberdades públicas. A liberdade não se adia.

Publicada por ILÍDIO TRINDADE

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

CHEGOU O TEMPO DE DECIDIR



Colegas,Chegou o tempo de decidir!
O histórico socialista Edmundo Pedro, numa entrevista a Rosa Ramos, publicada em 31 de Julho, afirma a dada altura: “…o maior erro (de José Sócrates) foi não ter afastado e substituído a ministra da Educação”
Houve realmente uma conjugação fatal nestes dois - um ódio visceral e totalmente absurdo à classe docente.
E será efectivamente este ódio que levará o P.S. à sua derrocada histórica em 27 de Setembro.
O ambiente insuportável que se viveu, levou muitos colegas à reforma antecipada. O enxovalho público não merecido, o excessivo tempo de permanência nas escolas, o trabalho burocrático, a divisão da carreira, a falta de tempo para preparação de aulas, o modelo de avaliação do desempenho imposto, o congelamento dos escalões, as mentiras, o facilitismo, a falta de educação dos alunos e o desrespeito de alguns Encarregados de Educação, tudo consentido e até propiciado por este M.E. de má memória, não poderia ter outro desfecho que não fosse este - a derrota já esperada do Partido Socialista!
Só a nossa classe contabiliza 150 mil votos acrescidos dos nossos familiares. Somos efectivamente uma força decisiva!
Como a nossa memória não é curta, não podemos descurar os contributos dos abjectos e incansáveis secretários de estado, Walter e Pedreira – escolhidos a dedo – que legislaram orquestradamente para nos retirar privilégios - a campanha irracional do padreco socialista da CONFAP - (Associação de Pais) - o tal que martirizou as professoras das filhas - e ainda outras tristes e frustradas personagens, como Fátima Campos Ferreira naqueles encomendados, “Prós e Contras” de segunda-feira…
Quem não se lembra daquele espectáculo onde ela, como previamente combinara deu a palavra a duas socialistas filiadas, Presidentes de Conselhos Executivos - A Armandina Soares, da Escola da Vialonga, e a Luisa Tavares Moreira, da Escola de Beiriz, em Póvoa do Varzim…que disseram maravilhas do modelo de avaliação…Quem pode esquecer essa ignomínia?
Aqui dou a palavra ao meu colega Francisco Silva, quando a propósito, de professoras desta categoria escreveu:
«O seu entusiasmo em fazer cumprir aquilo que está errado e que afronta toda a classe, não é um bom exemplo pedagógico e, já agora, lembrar-lhes-ia o episódio da História das Guerras Lusitanas, quando aqueles que, por meia dúzia de moedas, assassinaram Viriato à traição, as foram receber junto do Senado Romano, lhes foi dito que “…Roma não paga a traidores”. Para bom entendedor…»
Mas nós não baixámos os braços. Lutámos e cerrámos fileiras por três vezes em Lisboa. Mas continuámos para a tutela a sermos apenas uns “professorzecos”…
Concluímos ao fim de quatro anos ser Sócrates dotado de uma personalidade despótica e tiques provincianos de chico esperto, gravemente frustrado pelo conhecimento público do seu ilícito diploma de engenheiro. E constatámos ter uma Ministra intransigente e agressiva, com um percurso político estranho e problemático, entrecruzado por coincidência com o de Sócrates no seu MBA de dois dias, feito na escola onde ela era Directora. Também estranhámos ter a Ministra escondido do seu curriculum o curso do Magistério Primário, que só a dignificaria. Mas ela pelos vistos não pensa o mesmo...Reconhecemos sem dúvida duas personalidades com laivos de malvadez, unidos num ódio feroz e irracional aos professores… Só que esse ódio pode ter-lhes sido fatal .
Como tudo tem um fim, quer para uns quer para outros, “ Não há mal que sempre dure nem bem que se não acabe”, parece ser chegada a hora do adeus.
Por tudo isto, o histórico socialista Edmundo Pedro, tem toda a razão ao afirmar: “…o maior erro (de José Sócrates) foi não ter afastado e substituído a ministra da Educação”
Custará ao P.S. uma derrota histórica. Enquanto os professores se lembrarem de como este P.S. de Sócrates os tratou, dificilmente lhe darão o voto.
Um partido não é uma religião nem um clube. A nossa vontade é decisiva, porque essa liberdade, pelo menos, ainda temos. E nestes quatro anos de ditadura socrática os portugueses perceberam que este desgoverno P.S. e esta política educativa eles não querem mais.
Agora a nossa escolha ditará o Governo de Portugal, o futuro da nossa classe e da nossa carreira e o futuro do País que queremos para os nossos filhos: um País onde a carreira docente seja respeitada, sem mentiras, sem censura na comunicação social, sem escândalos socretinos, sem corruptos, sem ditadores, sem vigaristas e sem bufos infiltrados!!!
Queremos um País que cresça na medida das suas possibilidades, não um País mais endividado ainda com projectos megalómanos de TGV, continuando a ter como timoneiro um P.M. autista, ditador, egocêntrico e vaidoso que já só se contenta com fatinhos encomendados “Armani” (foi o 6.º mais elegante pelo jornal espanhol El Mundo)...
Que País conhecem onde é recusada a aposentação a professores cancerosos em estado terminal...que têm de suportar a tortura de sofrerem e morrerem em serviço? Mas eles fizeram-no! E três professores morreram com cancro e ao serviço (na boca, na faringe e nas cordas vocais)...
Em que país e que P. M. deixa ser publicado um livro elogioso e patético sobre a sua pessoa com o nome " O menino de Ouro"??? Tanta imodéstia, e tanto pedantismo é absurdamente caricatural...
Chega de gozarem com a nossa cara!
Chega de verborreia de cassette pirata…
M.F.L. promete no seu programa do P.S.D. anular tudo o que Lurdes Rodrigues fez. Terá certamente a grande maioria dos votos dos professores, como força alternativa que é...
Somos muitos, e as nossas famílias estão connosco.
As outras hipóteses serão o Bloco de Esquerda, o P.C. ou o C.D.S.
Cabe a cada um de nós decidir!
P.S. JAMAIS!!!!!
Um Bom Ano Lectivo!!!

Publicada por ILÍDIO TRINDADE